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segunda-feira, 5 de março de 2012

Na casa do Pai há muitas moradas… E nenhum canil!



dog_angelDo jeito que o mundo está, eu não duvido nada quando alguém diz que o seu cachorro é mais “gente boa” do que muitas pessoas que andam por aí. Porém, essa constatação não nos dá base alguma para afirmar que os nossos amigos de quatro patas terão uma vaguinha no Paraíso.
Vamos falar aqui de modo especial dos cães e gatos. Afinal, sejamos francos: ninguém está nem aí para o destino post mortem dos outros animaizinhos – as baratas que insistem em invadir a sua cozinha, o rato que mora no bueiro em frente à sua casa, o camarão da empada que você comeu ontem, o mosquito da dengue que mordeu a sua tia no verão passado… Com a alma deles, aposto que você nunca se preocupou!
Então, vamos direto ao ponto: não, o seu cachorro não vai para o Céu. E não é por que ele roubou a salsicha do mercado e se atracou lascivamente com as pernas da sua vizinha… O fato é que ele não possui alma imortal. Simples assim.
O Catecismo da Igreja Católica (2415 a 2418) nos ensina que os animais são dons de Deus. São criaturas benditas, mas que não possuem alma imortal. Temos a obrigação de tratá-los com respeito e carinho, já que eles têm sentimentos e sentem dor. É pecado “fazer os animais sofrerem inutilmente e desperdiçar suas vidas”.
A afeição que dedicamos aos bichos é boa e justa, desde que nossa consciência sobre a sua natureza não seja deturpada. Só nós, os seres humanos, fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, e somente nós possuímos alma imortal. Entretanto, algumas pessoas se negam a aceitar esta verdade revelada pela Santa Igreja evivem a sua relação com os animais como uma verdadeira idolatria, chegando ao cúmulo de dizer: “Se os animais não vão para o Céu, eu também não quero ir”. Quer dizer que a amizade com o totó é mais desejada e valiosa do que a amizade com o próprio Deus?
Amigos, amemos os animais pelo que eles são, e não pelo que a mentalidade sentimentalóide e pseudo-fofa da sociedade atual nos induz a crer. Assim como as demais coisas maravilhosas da natureza – as flores, as matas e os rios – os animais de estimação são, muitas vezes, um consolo no meio das amarguras e decepções da vida. Eles são sinais da bondade de Deus para conosco, então, agradeça a Ele pelos momentos de alegria que o seu bichinho lhe dá, pela companhia que ele lhe faz, pelo carinho que lhe oferece.
Porém, se ao final desta leitura, você estiver babando e rosnando, o seu problema não é mais intelectual ou religioso: procure um médico para tomar uma vacina antirrábica!

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