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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Evangelho do dia - 31/01/2012

Evangelho (Marcos 5,21-43)

Terça-Feira, 31 de Janeiro de 2012
São João Bosco


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 21Jesus atravessou de novo, numa barca, para a outra margem. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia. 22Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, 23e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!”
24Jesus então o acompanhou. Numerosa multidão o seguia e comprimia. 25Ora, achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com hemorragia; 26tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais.
27Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. 28Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. 29A hemorragia parou imediatamente, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. 30Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele. E, voltando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?” 31Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas: ‘Quem me tocou’?”
32Ele, porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo. 33A mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe havia acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus, e contou-lhe toda a verdade. 34Ele lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”.
35Ele estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, e disseram a Jairo: “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o mestre?” 36Jesus ouviu anotícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo. Basta ter fé!” 37E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. 38Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando.
39Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”. 40Começaram então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. 41Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” — que quer dizer: “Menina, levanta-te!” 42Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados. 43Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo daquilo. E mandou dar de comer à menina.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

A Igreja celebra hoje: São João Bosco

São João Bosco

Nasceu perto de Turim, na Itália, em 1815. Muito cedo conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu o pai tendo apenas 2 anos. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento que teve. Dom Bosco quis ser sacerdote, mas sua mãe o alertava: “Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela”.

Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Com 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver, necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo.

Dom Bosco, criador dos oratórios. Catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano, especialmente, dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso que Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.

Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós, é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão.

São João Bosco, rogai por nós!


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Grupo Josec 28/01 - História de Davi e Golias (Grupo do Futebol)

Paz de Cristo, galera...

Bom, vou postar aqui uma história que me fez lembrar o que meu time viveu até ser campeão da Copa Josec de Futsal. Resumindo, ninguém acreditava que nós seríamos campeões, nem nós mesmos... E eu contei isso no último grupo Josec
Enfim, vou contar a história de Davi e Golias... mas dando referências pra que a história seja entendida... Boa leitura a todos! Fiquem com Deus

"O Senhor era o Rei de Israel e tinha escolhido Samuel para ser juiz daquela terra. Era Samuel que, com muita oração, ouvia freqüentemente a voz de Deus. O tempo se passara e Israel entrava em conflito com outras tribos, na maior parte contra os filisteus, porém o povo israelita viu que todos esses povos tinham um rei. Eis que um desejo lhes tomou o coração.
Sabendo que Samuel já era velho e tinha que escolher um sucessor, o povo começou a incomodá-lo. Diziam que seus filhos não eram dignos de substituí-lo porque eles não eram retos como o pai, e de fato estes não eram retos. Então lhe impuseram:
“Queremos um rei assim como todas as nações tem um rei!”

É claro que Samuel se entristeceu com estas palavras, porque o povo rejeitava a Deus, não o querendo como rei de Israel. O Senhor, vendo, porém, a angústia de Samuel, ordenou que ele atendesse ao pedido do povo, e ainda lhe ordenou que avisasse aos israelitas:

Fazem contigo como sempre o têm feito comigo, desde o dia em que os tirei do Egito até o presente: abandonam-me para servir a deuses estranhos. Atende-os, agora; mas declara-lhes solenemente, dando-lhes a conhecer os direitos do rei que reinará sobre eles. 10 Referiu Samuel todas as palavras do Senhor ao povo que reclamava um rei: 11Eis, disse ele, como vos há de tratar o vosso rei: tomará os vossos filhos para os seus carros e sua cavalaria, ou para correr diante do seu carro. 12 Fará deles chefes de mil e chefes de cinqüenta, empregá-los-á em suas lavouras e em suas colheitas, na fabricação de suas armas de guerra e de seus carros. 13 Fará de vossas filhas suas perfumistas, cozinheiras e padeiras. 14Tomará também o melhor de vossos campos, de vossas vinhas e de vossos olivais, e dá-los-á aos seus servos. 15 Tomará também o dízimo de vossas semeaduras e de vossas vinhas para dá-los aos seus eunucos e aos seus servos. 16 Tomará também vossos servos e vossas servas, vossos melhores bois e vossos jumentos, para empregá-los no seu trabalho. 17 Tomará ainda o dízimo de vossos rebanhos, e vós mesmos sereis seus escravos18 E no dia em que clamardes ao Senhor por causa do rei, que vós mesmos escolhestes, o Senhor não vos ouvirá. 19 O povo recusou ouvir a voz de Samuel. Não, disseram eles; é preciso que tenhamos um rei! 20Queremos ser como todas as outras nações; o nosso rei nos julgará, marchará à nossa frente e será nosso chefe na guerra. 21 Samuel ouviu todas as palavras do povo e referiu-as ao Senhor.22 E respondeu-lhe o Senhor: Ouve-os; dá-lhes um rei. Samuel disse aos israelitas: Volte cada um para a sua cidade.

O Senhor ordenou a Samuel que seguisse as suas orientações até que encontrasse o novo rei de Israel.
Saul era um rapaz de muito bela aparência, que não fazia as vontades de Deus, mas quando Samuel ungiu a sua cabeça, Saul recebeu o Espírito do Senhor e teve seu coração convertido.
Passado o tempo de reinado, Saul e seu filho, que o ajudava nas batalhas, começaram a fazer coisas que desagradavam ao Senhor, não cumpriam as ordens de Deus para as batalhas e o Senhor Deus, arrependido com a sua escolha, mandou Samuel procurar um novo rei.
Samuel foi procurar por Isaí em Belém. Quando o encontrou, purificou a ele e seus sete filhos e os convidou para fazer um sacrifício ao Senhor.

Samuel chegou a cogitar em sua mente ao ver um dos filhos de Isaí: “Certamente é este o ungido do Senhor.”. Mas Deus logo lhe disse: “Não te deixes impressionar pelo seu belo aspecto, nem pela sua alta estatura, porque eu o rejeitei. O que o homem vê não é o que importa: o homem vê a face: mas o Senhor olha o coração” (I Samuel 16:6-7)
Foi ai, então, que Samuel olhou para os sete e disse: “O Senhor não escolheu nenhum deles” E perguntou: “Estão aqui todos os seus filhos?” (I Samuel 16:10-11)

Isaí logo confessou que faltava um. Este, era o mais novo que, estava pastoreando as ovelhas . Seu pai mandou chamá-lo imediatamente.
Quando o menino chegou, o Senhor ordenou: “Vamos, unge-o, é ele!”
Samuel ungiu o menino no meio dos seus irmãos e o Espírito de Deus se apoderou de Davi.

Com isso, o Espírito de Deus se retirou do rei Saul e logo um espírito mau veio incomodá-lo. Seus servos, percebendo isto, mandar chamar Davi, com o aval de Saul.
Davi foi chamado porque era um tocador de harpa, e tinha sido convocado para tocar para acalmar Saul toda vez que ele era incomodado pelo espírito mau. Sempre que Davi tocava a harpa, o espírito mau saia de perto de Saul.

Mobilizaram os filisteus as suas tropas para a guerra e concentraram-se em Soco, em Judá. Acamparam entre Soco e Azeca, em Efes-Domim. Saul e os israelitas mobilizaram-se de seu lado e acamparam no vale do Terebinto, pondo-se em linha de combate contra os filisteus. 3Estes estavam num lado da montanha e Israel na colina defronte; o vale os separava. Saiu do acampamento dos filisteus um campeão chamado Golias, de Get, cujo talhe era de seis côvados e um palmo. Trazia na cabeça um capacete de bronze e no corpo uma couraça de escamas, cujo peso era de cinco mil siclos de bronze. Tinha perneiras de bronze e um dardo de bronze entre os ombros. O cabo de sua lança era como o cilindro de um tear, e sua ponta pesava seiscentos siclos de ferro. Um escudeiro o precedia. Apresentou-se ele diante das tropas israelitas e gritou-lhes: Por que viestes dispostos a uma batalha? Não sou eu filisteu, e vós os escravos de Saul? Escolhei entre vós um homem que desça contra mim. Se ele me vencer, batendo-se comigo, e matar-me, seremos vossos escravos; mas, se eu o vencer e o matar, então sois vós que sereis nossos escravos e nos servireis! 10 E ajuntou: Lanço hoje este desafio ao exército de Israel: dai-me um homem para lutarmos juntos! 11 Saul e todo o Israel ouviram essas palavras do filisteu, e ficaram consternados, cheios de medo. 12 Ora, Davi era um dos oito filhos de um efrateu de Belém de Judá, chamado Isaí, já idoso no tempo de Saul. 13 Seus três filhos mais velhos tinham seguido Saul na guerra. Chamavam-se: o primogênito Eliab, Abinadab o segundo e o terceiro Sama. 14 Davi era o mais novo. Os três mais velhos estavam com Saul, 15e Davi ora ia ao acampamento de Saul, ora voltava para apascentar o rebanho de seu pai em Belém. 16 O filisteu aproximava-se pela manhã e pela tarde, e isso por quarenta dias seguidos. 17Um dia, disse Isaí ao seu filho Davi: Toma para teus irmãos um efá de grão torrado e estes dez pães, e apressa-te a levá-los aos teus irmãos no acampamento. 18 Entrega estes dez queijos ao chefe dos mil. Informa-te se teus irmãos vão bem e traze algo de sua parte como prova. 19 Eles estavam com Saul e todos os homens de Israel no vale do Terebinto, em guerra com os filisteus.20 No dia seguinte pela manhã, Davi, confiando o rebanho a um pastor, tomou sua bagagem e partiu, como lhe ordenara Isaí. Chegou ao acampamento no momento em que saía o exército para a batalha, levantando o grito de guerra. 21 Israel e os filisteus puseram-se em linha de combate, tropa contra tropa. 22 Davi entregou sua carga ao guarda das bagagens e correu às fileiras para informar-se de seus irmãos. 23 Enquanto lhes falava, eis que o campeão filisteu, Golias, de Get, avançou para fora das fileiras do seu exército, proferindo o mesmo desafio (como nos dias precedentes), que Davi escutou. 24 Todo o Israel recuava à vista do homem, tremendo de medo.25 Vedes, diziam eles, esse homem que avança? Ele vem insultar Israel. Aquele que o matar, o rei o cumulará de favores, dar-lhe-á sua filha e isentará de impostos em Israel a casa de seu pai.26 Davi perguntou aos que estavam perto dele: Que será feito àquele que ferir esse filisteu e tirar o opróbrio que pesa sobre Israel? E quem é esse filisteu incircunciso para insultar desse modo o exército do Deus vivo? 27 E deram-lhe a mesma resposta: Dar-se-á isto e isto a quem o ferir. 28Eliab, seu irmão mais velho, ouvindo-o falar assim, encolerizou-se: Por que vieste aqui? Com quem deixaste tuas ovelhas no deserto? Conheço a tua pretensão e a tua má índole; foi para ver a batalha que vieste! 29 Que fiz eu de mal?, respondeu Davi. Nada mais fiz que uma simples pergunta! 30 E afastou-se de seu irmão, indo perguntar a outros, dos quais obteve sempre as mesmas respostas. 31 As palavras de Davi foram ouvidas e comunicadas a Saul, que o mandou vir à sua presença. 32 Davi disse-lhe: Ninguém desanime por causa desse filisteu! Teu servo irá combatê-lo. 33 Combatê-lo, tu?!, exclamou o rei. Não é possível. Não passas de um menino e ele é um homem de guerra desde a sua mocidade. 34 Davi respondeu a Saul: Quando o teu servo apascentava as ovelhas do seu pai e vinha um leão ou um urso roubar uma ovelha do rebanho, 35eu o perseguia e o matava, tirando-lhe a ovelha da boca. E se ele se levantava contra mim, agarrava-o pela goela e estrangulava-o. 36 Assim como o teu servo matou o leão e o urso, assim fará ele a esse filisteu incircunciso, que insultou os exércitos do Deus vivo. 37 O Senhor, acrescentou, que me salvou das garras do leão e do urso, salvar-me-á também das mãos desse filisteu. Vai, disse Saul a Davi; e que o Senhor esteja contigo! 38 O rei revestiu Davi com sua armadura, pôs-lhe na cabeça um capacete de bronze e armou-o de uma couraça. 39 Davi cingiu a espada de Saul por cima de sua armadura e tentou andar com aquela equipagem inusitada. Mas disse a Saul: Não posso andar com isso, pois não estou habituado! 40 E, tirando a armadura, tomou seu cajado e escolheu no regato cinco pedras lisas, pondo-as no alforje de pastor que lhe servia de bolsa. Em seguida, com a sua funda na mão, avançou contra o filisteu. 41 De seu lado, o filisteu, precedido de seu escudeiro, aproximou-se de Davi, 42 mediu-o com os olhos, e, vendo que era jovem, louro e de delicado aspecto, desprezou-o. 43 Disse-lhe: Sou eu porventura um cão, para vires a mim com um cajado? E amaldiçoou-o em nome de seus deuses. 44 Vem, continuou ele, e eu darei a tua carne às aves do céu e aos animais da terra! 45 Davi respondeu: Tu vens contra mim com espada, lança e escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos exércitos, do Deus das fileiras de Israel, que tu insultaste. 46 Hoje o Senhor te entregará nas minhas mãos, e eu te matarei, cortar-te-ei a cabeça, e darei os cadáveres do exército dos filisteus às aves do céu e aos animais da terra. Toda a terra saberá que há um Deus em Israel; 47 e toda essa multidão saberá que não é com a espada nem com a lança que o Senhor triunfa, pois a batalha é do Senhor, e ele vos entregou em nossas mãos! 48 Levantou-se o filisteu e marchou contra Davi. Davi também correu para a linha inimiga ao encontro do filisteu. 49 Meteu a mão no alforje, tomou uma pedra e arremessou-a com a funda, ferindo o filisteu na fronte. A pedra penetrou-lhe na fronte, e o gigante caiu com o rosto por terra. 50 Assim venceu Davi o filisteu, ferindo-o de morte com uma funda e uma pedra. E como não tinha espada na mão, 51 correu ao filisteu, subiu-lhe em cima, arrancou-lhe a espada da bainha e acabou de matá-lo, cortando-lhe a cabeça. Vendo morto o seu campeão, os filisteus fugiram. "

Evangelho do dia - 30/01/2012

Evangelho (Marcos 5,1-20)

Segunda-Feira, 30 de Janeiro de 2012
4ª Semana Comum


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus e seus discípulos chegaram à outra margem do mar, na região dos gerasenos. 2Logo que saiu da barca, um homem possuído por um espírito impuro, saindo de um cemitério, foi a seu encontro.
3Esse homem morava no meio dos túmulos e ninguém conseguia amarrá-lo, nem mesmo com correntes. 4Muitas vezes tinha sido amarrado com algemas e correntes, mas ele arrebentava as correntes e quebrava as algemas. E ninguém era capaz de dominá-lo.
5Dia e noite ele vagava entre os túmulos e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras. 6Vendo Jesus de longe, o endemoninhado correu, caiu de joelhos diante dele 7e gritou bem alto: “Que tens a ver comigo, Jesus, Filho do Deus altíssimo? Eu te conjuro por Deus, não me atormentes! 8Com efeito, Jesus lhe dizia: “Espírito impuro, sai desse homem!” 9Então Jesus perguntou: “Qual é o teu nome?” O homem respondeu: “Meu nome é ‘Legião’, porque somos muitos”. 10E pedia com insistência para que Jesus não o expulsasse da região.
11Havia aí perto uma grande manada de porcos, pastando na montanha. 12O espírito impuro suplicou, então: “Manda-nos para os porcos, para que entremos neles”. 13Jesus permitiu. Os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos. E toda a manada — mais ou menos uns dois mil porcos — atirou-se monte abaixo para dentro do mar, onde se afogou. 14Os homens que guardavam os porcos saíram correndo e espalharam anotícia na cidade e nos campos. E as pessoas foram ver o que havia acontecido. 15Elas foram até Jesus e viram o endemoninhado sentado, vestido e no seu perfeito juízo, aquele mesmo que antes estava possuído por Legião. E ficaram com medo.
16Os que tinham presenciado o fato explicaram-lhes o que havia acontecido com o endemoninhado e com os porcos. 17Então começaram a pedir que Jesus fosse embora da região deles. 18Enquanto Jesus entrava de novo na barca, o homem que tinha sido endemoninhado pediu-lhe que o deixasse ficar com ele. 19Jesus, porém, não permitiu. Entretanto, lhe disse: “Vai para casa, para junto dos teus e anuncia-lhes tudo o que o Senhor, em sua misericórdia, fez por ti”. 20E o homem foi embora e começou a pregar na Decápole tudo o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

A Igreja celebra hoje: Santa Jacinta Marescotti

Santa Jacinta Marescotti

Em Roma, em 1585, nasceu Jacinta, dentro de uma família muito nobre, religiosa, com posses, mas que possuía, principalmente, a devoção, o amor acima de tudo. Seus pais faziam de tudo para que os filhos conhecessem Jesus e recebessem uma ótima educação.

Jacinta Marescotti que, então, tinha como nome de batismo Clarisse, foi colocada num convento para a sua educação, numaescola franciscana, juntamente com as irmãs. Uma das irmãs dela já era religiosa franciscana.

Crescendo na educação religiosa, com valores. No entanto, a boa formação sempre respeita a liberdade. Já moça e distante daqueles valores por opção, ela quis casar-se. Saiu da vida religiosa, começou a percorrer caminhos numa vida de pecados, entregue à vaidade, à formosura e aos prazeres. Enfim, ia se esvaziando. Até que outra irmã sua veio a se casar. Sua reação não foi de alegria ou de festa, pelo contrário, com inveja e revolta ela resolveu entrar novamente na vida religiosa.

A consequência foi muito linda, porque ao entrar nesse segundo tempo, ela voltou como estava: vazia, empurrada por ela própria, pela revolta. Lá dentro, ela foi visitada por sofrimentos. Seu pai, que tanto ela amava e que lhe dava respaldo material, faleceu, foi assassinado. Ela pegou uma enfermidade que a levou à beira da morte. Naquele momento de dor, ela pôde rever a sua vida e perceber o quanto Deus a amava e o quanto ela não correspondia a esse amor.

Arrependeu-se, quis confessar-se e o sacerdote foi muito firme, inspirado naquele momento a dizer: “Eu só entro para o sacramento da reconciliação se sair, do quarto dela, tudo aquilo que está marcado pelo luxo e pela vaidade”. Até as suas vestes eram de seda, diferente das outras irmãs. Ela aceitou, pois já estava num processo de conversão. Arrependeu-se, confessou-se e, dentro do convento, começou a converter-se.

Jacinta Marescotti de tal forma empenhou-se na vida de oração, de pobreza, de castidade e vivência da regra que tornou-se, mais tarde, mestra de noviças e superiora do convento.

Deus faz maravilhas na vida de quem se deixa converter pelo Seu amor.

Santa Jacinta Marescotti, rogai por nós!


domingo, 29 de janeiro de 2012

Os Papas do Séc. VIII – Tem Turco Saindo Pelo Ladrão

Um dos momentos da história em que mais podemos sentir a presença de Cristo e o valor de sua promessa no que diz respeito à Igreja é o Século VIII.  Uma pena essa época tão fascinante ser tão pouco conhecida em nossa República da Banânia.  É também o século em que a Espanha visigótica sucumbiu e, não fosse o esforço do Prefeito do Paço, Carlos Martel, hoje nós ocidentais comeríamos mais kibe e tahine do que o Habib’s seria capaz de fornecer.
Sarraceno
Os cristãos penaram na mão dos mouros no séc. VIII. Não era brinquedo, não!
Vamos conhecer então os pontífices dessa época:
JOÃO VI – Eleito e sagrado no mesmo dia.  E o bicho pegava: no Oriente e na Espanha os sarracenos passavam os infiéis(ou seja, os cristãos) no fio da espada.  Alá, meu bom Alá!
O reino lombardo, quebrado ao meio, tinha o Duque de Benevento, Gisolfo I (nominho feio!), atacando os territórios da Igreja.  João VI gastou uma fortuna em resgates para salvar o povo da fúria dos lombardos do sul.  E mais ao sul rolava um cheiro de kafta no ar.
Por conta de seus esforços, João VI teve o povo ao seu lado quando o Imperador Tibério III quis colocá-lo no xilindró.  Papa de 701 a 705.
JOÃO VII - João VII aquietou um pouco os lombardos.
papa_JohnVII
Papa João VII
Devoto da Santa Virgem, ergueu várias igrejas em seu nome. Era um esteta, patrono das artes e construtor, restaurou muitas igrejas que estevam em frangalhos (acho que isso ficou meio óbvio, tamanho o número invasões que a Itália sofreu.  Pior que isso só mesmo invasão da torcida do Curíntia).
Gostava muito de mosaicos e afrescos, e ainda existe um com sua imagem na cripta de São Pedro.  Está sepultado na capela da Santíssima Virgem anexa á Basílica de São Pedro.  Papa de 705 a 707.
SISÍNIO – Tinha 69 anos e estava muito doente quanto foi eleito.  Um dos pontificados mais curtos da história, durou apenas 3 semanas.  Foi consagrado em 15 de Janeiro de 708.  Sofria de gota e não usava mais as mãos.  Sua única medida foi reforçar os muros de Roma.
CONSTANTINO - Tinha uma tarefa em mente: estabelecer a reconciliação definitiva com o Oriente.  Fez uma viagem de um ano a Constantinopla e foi recebido com entusiasmo pelo Imperador, a quem concedeu a absolvição e a Santa Comunhão.  É um antepassado de João Paulo II nesses termos, porque ia aonde o povo estava mesmo.  Visitou 62 comunidades (já imaginou se o Papa Constantino tivesse um lierjet?).
E parecia que tudo ficaria bem com o Imperador.  Mas como o que é bom dura pouco, duas semanas depois que voltou a Roma o Imperador Justiniano II, o nariz cortado, foi assassinado e substituído por Filípico Bardanes – um monotelista fanático.  E tome guerra civil!  O Imperador fez uma profissão de fé e exigiu que Constatino a assinasse. O Papa, lógico, recusa-se.  Depois disso, o exarca de Ravena tentou fazer o Papa assinar a força.  Só que o povo estava do lado do pontífice, e uma carnificina iníciou-se.  A paz retotnou somente quando Anastácio II depôs Filípico e aceitou a ortodoxia.  Constantino foi Papa de 708 a 715.
papa_GregoryIISÃO GREGÓRIO II - Depois de sete papas de origem síria, grega ou trácia (romênia), um romano é novamente eleito papa.  São Gregório é um Papa importantíssimo e até que pouco estudado.  A partir dele os papas passam a revindicar mais poder temporal.
Muitos historiadores o consideram o pontífice de maior destaque do século VIII.  Persuadiu os lombardos a desenvolver importantes áreas dos territórios papais, o que viriam a ser os estados pontifícios futuramente.  Levantou o povo de toda Itália contra os abusos da cobrança de imposto por parte do Imperador Leão III para sustentar suas guerrinhas na fronteira oriental.  Salvou Roma, sozinha, de um cerco armado pelo exarca imperial e pelo Rei dos Lombardos.
Macho pacas, São Gregório II!  Advertido pelo Imperador por meter o nariz onde não era chamado na visão daquele, teve novamente o povo consigo: de saco cheio dos impropérios do Imperador, pra bandas do Norte da Península Itálica iniciaram-se os levantes.  São Gregório II olhou com carinho as tribos de feios, sujos e malvados germânicos ao norte, esquecidos e temidos como trombadinhas da Candelária por todo mundo que se dizia civilizado.
Este foi o primeiro Papa a se deparar e a combater o iconoclastismo, que condenava as imagens de santos (mais uma heresia gente, umas das preferidas de Lutero).
Entre outras obras, reconstruiu os muros de Roma, iniciou reparos para prevenir as enchentes do Rio Tibre, restaurou Igrejas, reconstruiu mosteiros e os repovoou além de introduzir a missa de quinta-feira na quaresma.  Ufa! Esse Santo trabalhador foi Papa de 715 a 731.
SÃO GREGÓRIO III - Outro São Gregório, gente!  Como seu antecessor, chegou ao trono nos braços do povão. Foi talvez o papa que mais lutou contra o iconoclastismo.  Isso significa um Imperador chato enchendo os pacovás, já que o iconoclastismo tornou-se norma imperial.
Iconoclasta
Ilustração antiga: iconoclasta destruindo uma imagem de Cristo.
Vejam que coisa legal: já no século VIII tava excomungado qualquer um que chutasse imagem de santa ou santo… E não é que o Papa excomungou o Imperador e o Patriarca de novo? Essa gente pensava o quê?  Só pra reforçar o que já tinha dito em outro post, para vocês leitores entenderem melhor: a Igreja Ortodoxa não vive sem um saco para puxar desde o seu nascimento, inclusive porque ela nasceu de uma puxada de saco!
E lá vem os gregos de Constantinopla tirar satisfações, e tome confusão com o exarca de Ravenna. Sem contar que o Imperador passou a mão num monte de propriedades da Igreja. Sozinho e desesperado, o Papa apelou para Carlos Martel, avô de Carlos Magno, e não conseguiu ajuda nenhuma.  Mesmo com isso tudo, São Gregório não rompeu totalmente com os malucos do Oriente, pois tinha os lombardos ali doidinhos para fazer outro festival de gargantas cortadas na Cidade Santa. Era uma vida que nós não temos ideia do quão dura.  Papa de 731 a 741.
SÃO ZACARIAS - Foi o último papa grego e o último a comunicar a Constantinopla sua eleição.  Foi também um grande diplomata, pois conseguiu junto aos lombardos uma trégua de oito anos.
São Zacarias apoiou São Bonifácio da Germânia na sua missão de evangelização.  Descobriu que mercadores venezianos faziam cristãos de escravos para vendê-los aos mouros e gastou uma grana preta pra comprá-los de volta. Atentem a isso: mouros negros fazendo escravos brancos; o instituto da escravidão não era nem nunca foi privilégio de brancos.
Papa de 741 a 752.
ESTÊVÃO II – Deve-se a ele um movimento fundamental da política e da diplomacia de toda história da Igreja.  Depois de tantas guerras e invasões, o Império do Oriente andava mal das pernas.  Coube ao Papa Estêvão II a guinada no leme.
Mas antes, vejamos um pouco da história pessoa desse Papa.  Estêvão era um dos doze filhos de um trabalhador de olaria, que fez das tripas coração para dar à sua prole uma chance que ele mesmo nuca teve: colocou a molecada para estudar.  Estêvão foi parar na escola patriarcal de Latrão e lá completou seus estudos.
Vigoroso e astuto, chegou ao trono de Pedro em uma situação bastante perigosa. Astolfo, Rei dos Lombardos, conquistou Ravena e botou o exarca e todos os bizantinos pra correr.  Próximo passo?  Roma.  Estêvão cobrou do Imperador medidas retaliantes, e o xexelento, que mal se aguentava em pé, meteu o rabinho entre as pernas e saiu fora.  Olha lá quem vem chegando para barbarizar a Cidade Santa… LOMBARDOS DE NOVO! Assim não pode, assim não dá.
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O Papa Estêvão II recebendo a doação territórios feita pelo Rei dos francos, Pepino
De posse dos tratados que São Zacarias havia assinado com os lombardos, vestido como um mendigo e coberto de cinzas, Estêvão II liderou uma procissão às portas de uma Roma sitiada.  O Rei Astolfo não se comoveu e ainda ameaçou o Papa . Este, sem recursos, apelou a Pepino, O Breve (um nome e um título realmente comprometedores; prefiro o original franco-germânico, Pepan), rei dos francos.
Pepino apoiou a causa do Papa prontamente e desceu os Alpes metendo a foice em quem via pela frente.  Chutou Astolfo de Ravenna e de outras cidades bizantinas italianas e, através do tratado que assinou em Quierzy, doou-as ao Papa Estêvão II.
Assim foram criados os Estados Pontifícios, cuja proteção não era mais dos bizantinos, mas sim do Reino Franco.  Por isso é que se diz que a França é a jóia da coroa Católica.
SÃO PAULO I – Um caso raro, São Paulo I era irmão de Estêvão II.  Na nova realidade da Igreja, temos agora os papas lutando para manter o controle dos Estados Papais.  São Paulo I foi o primeiro a ter que negociar com os vizinhos para consolidar seu poder temporal e proteger a população.  Primeiramente, foi preciso negociar com o novo rei dos Lombardos, Desidério, para evitar a guerra.
Estamos também com uma nova realidade geopolítica em que o Império Bizantino foi retirado.  É ao Rei Franco que São Paulo comunica sua eleição.  Em resposta, Pepino solitou ao Papa que fosse padrinho de sua filha Gisela, irmã de Carlos Magno.
São Paulo I foi muito caridoso e dedicou-se aos menores dentre seu rebanho, sem nunca fazer alarde;  não fosse a indiscrição de algum de seus colaboradores mais próximos, jamais saberíamos das muitas obras que esse grande homem realizou.  Pagava dívidas, distribuia comida e roupa pelas casas.  Morreu em paz depois de um pontificado de dez anos.  Papa de 757 a 767.
ESTÊVÃO III - A mesquinharia e a cobiça humana marcaram os primeiros tempos do papado de Estevão III. Roma agora é um estado de terras aráveis, cobiçadas tanto por lombardos (que não largam do pé) quanto por árabes e bizantinos.  Não é importante apenas por ser a capital espiritual do mundo, mas também porque agora possui importância temporal.
A cobiça descarada da soldadesca levou-a a aclamar um Papa fajuto e leigo chamado Constantino, que foi empossado na marra na Basílica de Latrão.  Num arremedo de cerimônia, foi ordenado diácono e sub-diácono por três bispos na Basílica de São Pedro, em julho de 767.  Seu irmão, uma espécie de “chefe da boca”, era sua garantia e seu defensor, pois controlava os soldados de Roma.  Só que o bandidão foi assassinado e o pilantrinha teve que fugir.
Pensou que acabou?  Nada.  Olha só que vem chegando…  Lombardos.  Resolveram que, em vez de bater de frente com o reino franco peitando o Papa, fariam eles mesmos o papa; resolveram colocar no Vaticano um tal de Filipe, um capelão do mosteiro local.  Havia um notário chamado Cristóvão que tornou-se “eminência parda” do papado de Estevão III.  Tendo em vista essa bagunça, determinou-se que ,dali em diante, só cardeias poderiam ser Papas, banindo os leigos definitivamente.
Os dois antipapas foram presos e despojados de suas ensígnias.  Estevão III foi eleito graças às articulações de Cristóvão, que passou a ser seu principal conselheiro.  Após sua eleição, Estevão III comunicou-a ao Rei franco Pepan III.  Tendo em vista que seu papado foi basicamente uma série de equívocos administrativos, em virtude principalmente da atuação de Cristóvão, não temos muito mais a acrescentar a respeito de Estêvão III.  Papa de 768 a 772.
Papa Adriano I
Papa Adriano I
ADRIANO I - Foi um papa corajoso e peitudo.  Os lombardos e os bizantinos, desde o começo de seu pontificado, estavam fazendo pressão por todos os lados.  A principal questão diz respeito à sucessão do reino franco.  Desidério, rei dos lombardos, estava doidinho para que o Papa confirmasse a sucessão de Carlomano, irmão de Carlos Magno, como sendo do filho do primeiro. Afinal, uma criança seria muito mais fácil de derrotar do que um homem feito, ainda mais que o homem feito em questão era nada mais nada menos do que Carlos Magno.
Tentando manter o seu fora do alcance da seringa, Desidério contratou uma cambada qualquer para atacar Roma.  Só que o Papa sabia muito bem quem estava por trás dos ataques e apelou pro Carlitcho.  Este foi para Roma na Páscoa de 774, perguntou “Qui qui tá pegando?”, renovou a doação dos Estados Pontifícios e chutou Desidério e suas pretensões por cima dos muros de Roma. Melhor ainda: demarcou as fronteiras. Roma começava a fica bem na fita.
O Papa Adriano reconstruiu Igrejas, reforçou (de novo) os muros da cidade, reconstruiu (de novo!) as barragens do Rio Tibre e reestabeleceu quatro aquedutos.  Fora isso, dedicou-se aos pobres e à administração das fazendas que estevam sobre a suserania do Vaticano. Promoveu várias ações sociais e favoreceu o desenvolvimento do monaquismo.
Curiosidade: Adriano I procurou defender a Igreja de todas as formas, mas vejamos essa “gentil” oferta feita por Carlos Magno.  Ao viajar pela Itália, o Grande Rei percebeu a grande depravação do clero – prostituição, tráfico de escravos, cafetinagem, jogatina etc. – daí perguntou ao Papa se não podia passar umas espadas nas goelas do clero corrupto… Apenas como aviso que aquilo ali não era “The Mother Joan’s House“.  Adriano ficou nervoso e falou para o grandalhão (Carlos Magno tinha quase dois metros de altura) que aquilo era mentira.  Como o Rei sabia que na sua França natal não dava para por a mão no fogo pela rapaziada, deixou o assunto morrer.
Voltando a questões doutrinais.  Foi durante o pontificado de Adriano I que realizou-se o Concílio de Nicéia II, que a princípio seria em Constantinopla, e onde se discutiu a questão do iconoclastismo.  Resultado: devia-se repor as imagens nos templos, mas não se devia prestar-lhes o culto que só a Deus é devido. Às imagens pode-se prestar veneração e respeito… Elas são apenas figuras que nos lembram pessoas santas.  Dãããããããã!!!!!!!!!!!. E se algum crente te echer o saco com essa história, saiba como responder clicando aqui.
Um fato pouco mencionado do papado de AdrianoI foi a vinda a Roma de Offa, rei da Mércia, um cara cheio de pecados que, em troca da absolvição deles, prometeu ao Papa que mandaria uma grana para Roma todos os anos.  A Mércia é um pedaço da Inglaterra e essa tradição permaneceu depois da unificação, sendo rompida somente nos tempos de John Wicliffe.  Wicliffe para quem não sabe, é um dos antepassados nefastos de Lutero e Calvino, um mal ambulante do qual falaremos no momento certo.
Para terminar, durante o papado de Adriano I surgiu uma das mais bizarras heresias da História – o “adocionismo” – que dizia ser Jesus filho adotivo de Deus. Adriano deve ter pensado; “eu mereço!”. Depois de um longo papado de 23 anos, partiu Adriano, um grande papa, amigo do Rei, literalmente, e um defensor verdadeiro de Jesus e da Igreja.  Papa de 772 a 795.
No próximo post, veremos o século IX – o auge do poder carolíngio.  Nosso primeiro papa é um dos mais interessantes: Leão III.