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domingo, 30 de setembro de 2012

Músicas para tocar seu coração...Foi por você - Anjos de Resgate

Homilia diária: O verdadeiro discípulo não tem inveja do bem que os outros fazem


Estamos ainda em Cafarnaum, a cidade de pescadores situada junto ao Lago de Tiberíades. Jesus está “em casa” rodeado pelos discípulos. A ida para Jerusalém está próxima e os discípulos estão conscientes de que se aproximam tempos decisivos para esse projeto em que estão envolvidos.
O tema principal aparece na primeira parte do Evangelho. Refere-se à necessidade da comunidade cristã ser uma comunidade aberta, acolhedora, tolerante, capaz de aceitar como sinais de Deus os gestos de amor que acontecem no mundo.
O Evangelho deste domingo apresenta-nos um grupo de discípulos ainda muito atrasados na aprendizagem do “caminho do Reino”. Eles ainda raciocinam em termos de lógica do mundo e têm dificuldades em libertar-se dos seus interesses egoístas, dos seus esquemas pessoais, seus preconceitos e sonhos de grandeza e poder… Eles não querem entender que, para seguir Jesus, é preciso cortar com certos sentimentos e atitudes incompatíveis com a radicalidade exigida pelo Reino. As dificuldades que estes discípulos apresentam, no sentido de responder a Jesus, não nos são estranhas: também fazem parte da nossa vida e do caminho que, dia a dia, percorremos.
Assim, a instrução que, neste texto, Jesus se dirige aos Seus discípulos serve também a nós. As propostas de Jesus destinam-se aos discípulos de todas as épocas; pretendem ajudar-nos a purificar a nossa opção e a integrar, de forma plena, a comunidade do Reino.
Antes de tudo, Jesus mostra a eles que a comunidade do Reino não pode ser uma seita arrogante, fechada, intolerante, fanática, que se arroga na posse exclusiva de Deus e das Suas propostas. Tem de ser uma comunidade que sabe qual é o seu papel e a sua missão, mas que reconhece não ter a exclusividade do bem e da verdade e que é capaz de se alegrar com os gestos de bondade e de esperança, os quais acontecem à sua volta, mesmo quando esses gestos resultam da ação de não-crentes ou de pessoas que não pertencem à instituição da Igreja.
O verdadeiro discípulo não tem inveja do bem que os outros fazem, não sente ciúmes se Deus atua por meio de outras pessoas, não pretende ter o monopólio da verdade nem ter “exclusividade” em relação a Jesus. O verdadeiro discípulo se esforça, a cada dia, por testemunhar os valores do Reino e se alegra com os sinais da presença de Deus em tantos irmãos com outros percursos religiosos, que lutam por construir um mundo mais justo e mais fraterno.
Os discípulos de que o Evangelho de hoje nos fala estão preocupados com a ação de alguém que não é do grupo, pois temem ver postos em causa os seus sonhos pessoais de poder e de grandeza. Por detrás dessa preocupação dos discípulos não está o bem do homem (aquilo que, em última análise, deveria “mover” os membros da comunidade do Reino), mas a salvaguarda de certos interesses egoístas. Nas nossas comunidades cristãs ou religiosas, há pessoas capazes de gestos incríveis de doação, de entrega, de serviço aos irmãos; mas há também pessoas cuja principal preocupação é proteger o espaço que conquistaram e continuar a manter um estatuto de poder e prestígio. Quando afastamos, com o pretexto de defender a pureza da fé, os interesses da moralidade ou tranquilidade da comunidade, aqueles que desafiam a comunidade a purificar-se e a procurar novos caminhos para responder aos desafios de Deus, estaremos a proteger os interesses de Deus ou os nossos projetos, os nossos esquemas interesseiros, as nossas apostas pessoais?
Jesus exige dos discípulos o corte radical com os valores, os sentimentos, as atitudes que são incompatíveis com a opção pelo Reino. O discípulo de Jesus nunca está acomodado, instalado, conformado, mas está sempre atento e vigilante, procurando detectar e eliminar de sua existência tudo aquilo que lhe impede o acesso à vida plena. Naturalmente, a renúncia ao egoísmo, ao comodismo, ao orgulho, aos esquemas pessoais, à vontade de poder e de domínio, ao apelo do êxito, ao “aplauso das multidões”, é um processo difícil e doloroso; mas é também um processo que gera vida nova.
O que é que eu necessito, prioritariamente, de “cortar” da minha vida, para me identificar mais com Jesus, para merecer integrar a comunidade do Reino, para ser mais livre e mais feliz?
O apelo de Jesus à sua comunidade, no sentido de não “escandalizar” os pequenos, faz-nos pensar na forma como lidamos, enquanto pessoas e enquanto comunidades, com os pobres, os que falharam, os que têm atitudes moralmente reprováveis, aqueles que têm uma fé pouco consistente, aqueles que a vida marcou negativamente, aqueles que a sociedade marginaliza e rejeita. Eles encontram em nós a proposta libertadora que Cristo lhes faz, ou encontram em nós rejeição, injustiça, marginalização, mau exemplo? Quem vê o nosso testemunho tem razões para aderir a Cristo ou para se afastar de Cristo?
Senhor Jesus, faz-me alegrar com o Reino que dá seus frutos, na história humana, das formas mais imprevistas, para além do controle humano.
Padre Bantu Mendonça





Liturgia diária - 30/09/2012 - 26º Domingo Comum

Primeira leitura (Números 11,25-29)

Domingo, 30 de Setembro de 2012
26º Domingo Comum


A- A+

Leitura do Livro dos Números:

Naqueles dias, 25o Senhor desceu na nuvem e falou a Moisés. Retirou um pouco do espírito que Moisés possuía e deu aos setenta anciãos. Assim que repousou sobre eles o espírito, puseram-se a profetizar, mas não continuaram.
26Dois homens, porém, tinham ficado no acampamento. Um chamava-se Eldad e o outro Medad. O espírito pousou igualmente sobre os dois, que estavam na lista mas não tinham ido à Tenda, e eles profetizavam no acampamento.
27Um jovem correu a avisar Moisés que Eldad e Medad estavam profetizando no acampamento.
28Josué, filho de Num, ajudante de Moisés desde a juventude, disse: “Moisés, meu Senhor, manda que eles se calem!”
29Moisés respondeu: “Tens ciúmes de mim? Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor lhe concedesse o seu espírito!”


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 18)

Domingo, 30 de Setembro de 2012
26º Domingo Comum


A- A+

— A lei do Senhor Deus é perfeita,/ alegria ao coração.
— A lei do Senhor Deus é perfeita,/ alegria ao coração.

— A lei do Senhor Deus é perfeita,/ conforto para a alma!/ O testemunho do Senhor é fiel,/ sabedoria dos humildes.
— É puro o temor do Senhor,/ imutável para sempre./ Os julgamentos do Senhor são corretos/ e justos igualmente.
— E vosso servo, instruído por eles,/ se empenha em guardá-los./ Mas quem pode perceber suas faltas?/ Perdoai as que não vejo!
— E preservai o vosso servo do orgulho:/ não domine sobre mim!/ E assim, puro, eu serei preservado/ dos delitos mais perversos. 


Segunda leitura (Tiago 5,1-6)

Domingo, 30 de Setembro de 2012
26º Domingo Comum


A- A+

Leitura da Carta de São Tiago:

1E agora, ricos, chorai e gemei, por causa das desgraças que estão para cair sobre vós.
2Vossa riqueza está apodrecendo, e vossas roupas estão carcomidas pelas traças.3Vosso ouro e vossa prata estão enferrujados, e a ferrugem deles vai servir de testemunho contra vós e devorar vossas carnes, como fogo! Amontoastes tesouros nos últimos dias.
4Vede: o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, que vós deixastes de pagar, está gritando, e o clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor todo-poderoso. 5Vós vivestes luxuosamente na terra, entregues à boa vida, cevando os vossos corações para o dia da matança. 6Condenastes o justo e o assassinastes; ele não resiste a vós.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Evangelho (Marcos 9,38-43.45.47-48)

Domingo, 30 de Setembro de 2012
26º Domingo Comum


A- A+

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 38João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue”.
39Jesus disse: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. 40Quem não é contra nós é a nosso favor.
41Em verdade eu vos digo: quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa.
42E, se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço.
43Se tua mão te leva a pecar, corta-a! É melhor entrar na Vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga.
45Se teu pé te leva a pecar, corta-o! É melhor entrar na Vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno.
47Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, 48‘onde o verme deles não morre, e o fogo não se apaga’”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

ORAÇÃO A SÃO JERÔNIMO


Ó Deus, criador do universo, que vos revelastes aos homens, através dos séculos, pela Sagrada Escritura, e levastes o vosso servo São Jerônimo a dedicar a sua vida ao estudo e à meditação da Bíblia, dai-me a graça de compreender com clareza a vossa palavra quando leio a Bíblia.
São Jerônimo, iluminai e esclarecei a todos os adeptos das seitas evangélicas para que eles compreendam as Escrituras, e se dêem conta de que contradizem a religião católica e a própria Bíblia, porque eles se baseiam em princípios pagãos e supersticiosos.
São Jerônimo, ajudai-nos a considerar o ensinamento que nos vem da Bíblia acima de qualquer outra doutrina, já que é a palavra e o ensinamento do próprio Deus.
Fazei que todos os homens aceitem e sigam a orientação do nosso Pai comum expressa nas Sagradas Escrituras.

Que Assim Seja.



A Igreja celebra hoje: São Jerônimo

São Jerônimo

Neste último dia do mês da Bíblia, celebramos a memória do grande "tradutor e exegeta das Sagradas Escrituras": São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja. Ele nasceu na Dalmácia em 340, e ficou conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor da Igreja. É de São Jerônimo a célebre frase: "Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo".

Com posse da herança dos pais, foi realizar sua vocação de ardoroso estudioso em Roma. Estando na "Cidade Eterna", Jerônimo aproveitou para visitar as Catacumbas, onde contemplava as capelas e se esforçava para decifrar os escritos nos túmulos dos mártires. Nessa cidade, ele teve um sonho que foi determinante para sua conversão: neste sonho, ele se apresentava como cristão e era repreendido pelo próprio Cristo por estar faltando com a verdade (pois ainda não havia abraçado as Sagradas Escrituras, mas somente escritos pagãos). No fim da permanência em Roma, ele foi batizado.

Após isso, iniciou os estudos teológicos e decidiu lançar-se numa peregrinação à Terra Santa, mas uma prolongada doença obrigou-o a permanecer em Antioquia. Enfastiado do mundo e desejoso de quietude e penitência, retirou-se para o deserto de Cálcida, com o propósito de seguir na vida eremítica. Ordenado sacerdote em 379, retirou-se para estudar, a fim de responder com a ajuda da literatura às necessidades da época. Tendo estudado as línguas originais para melhor compreender as Escrituras, Jerônimo pôde, a pedido do Papa Dâmaso, traduzir com precisão a Bíblia para o latim (língua oficial da Igreja na época). Esta tradução recebeu o nome de Vulgata. Assim, com alegria, dedicação sem igual e prazer se empenhou para enriquecer a Igreja universal.

Saiu de Roma e foi viver definitivamente em Belém no ano de 386, onde permaneceu como monge penitente e estudioso, continuando as traduções bíblicas, até falecer em 420, aos 30 de setembro com, praticamente, 80 anos de idade. A Igreja declarou-o padroeiro de todos os que se dedicam ao estudo da Bíblia e fixou o "Dia da Bíblia" no mês do seu aniversário de morte, ou ainda, dia da posse da grande promessa bíblica: a Vida Eterna.

São Jerônimo, rogai por nós!




sábado, 29 de setembro de 2012

Globo News: campanhas para convencer os jovens a usar contraceptivos não estão adiantando


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Saiu ontem na Globo News: uma pesquisa realizada pela Unifesp revelou que a maioria dos jovens brasileiros não se previne para evitar uma gravidez ou doenças sexualmente transmissíveis. Foram entrevistados mais de 3 mil jovens, com idade acima de 16 anos, em quatro capitais brasileiras (São Paulo, Curitiba, Recife, Belo Horizonte).
Na pesquisa, foi constatado que:
  • 73% dos jovens acima de 16 anos não usaram nenhum método contraceptivo na primeira relação sexual;
  • 54% dos entrevistados já tiveram relações no primeiro encontro;
  • 84% têm filhos.
Na matéria, o Dr. José Bento, ginecologista, comentou esses “dados preocupantes”. Prestem MUITA ATENÇÃO no que ele disse:
- Nós não estamos conseguindo atingir a cabeça desses jovens. Nós precisamos pensar em campanhas diferentes, porque as que estão sendo veiculadas não estão adiantando.
Puxa, por que será que as campanhas não estão adiantando? Estranho, né…
Há décadas, a mídia vem martelando na cabeça dos jovens que a moral sexual é coisa de gente retrógrada, que pode tudo, que “toda maneira de amor vale a pena”, com quantas pessoas você quiser. Nas revistinhas de voltadas para o público adolescente, 80% das páginas dão “dicas” de sexo; nas novelas, namoro casto é coisa que praticamente não existe. A pornografia está sendo aclamada no mundinho intelectualóide, e já virou até “cult”.
O Dr. José Bento se disse “estarrecido” com as conclusões da pesquisa. Ora, por quê? Diante da decadência moral, isso era mais do que esperado. A sociedade orgulhosamente “racional”, “científica” e ateia, em poucos anos, fez pó de toda a moralidade e decência que o cristianismo levou séculos para consolidar. Eis aí o resultado…
Os governos e as ONGs gastam somas estratosféricas em campanhas com resultados pífios ou nulos, tentando frear com os dedos um trem que está descendo a ladeira, completamente desgovernado. Ensinaram aos jovens que o prazer e os desejos do corpo estão acima de tudo, que “se reprimir” é algo mau. E ainda insistem na burrice de tentar resolver essa miséria distribundo panfletos e balões coloridos, tagarelando o mesmo papo pró-camisinha de sempre (que os jovens não usam justamente para não terem “menos prazer”)! Ah, vá…
crianca_tesouraEm um programa de rádio, o professor de Ginecologia da Unifesp, Afonso Nazário, disse que o adolescente, pela sua própria índole, tem um “comportamento mais de risco, que pode tudo e nada acontece com ele”. Segundo ele, talvez este seja um fator que explique os números desastrosos da pesquisa. Ora, se é sabido que os adolescentes são um tanto inconsequentes por natureza,porque nenhum representante dos órgãos de saúde protesta quando a mídia os estimula a transar? Dizer que eles podem transar à vontade, desde que se previnam corretamente, é como dar uma tesoura na mão de uma criança, dizendo: “você pode brincar, desde de que não fure o olho do seu amiguinho”. Aff…
Promiscuidade não combina com responsabilidade
Os jovens não estão escutando vocês, doutor? Sim, eles escutaram só a parte que lhes interessa, a da sacanagem desenfreada. E, por mais que vocês tentem vincular isso a “responsabilidade”, não cola, não vai colar nunca! Promiscuidade e responsabilidade até rimam, mas, na prática, são valores opostos, que não se misturam. A mentalidade promíscua é essencialmente egoísta, amante da loucura, da inconsequência. A castidade, ao contrário, é o amor que se sacrifica, que sabe esperar, pelo bem de si mesmo e do outro.
Arrancaram os jovens do coração da Igreja e plantaram em suas mentes o ódio contra ela (e muitas vezes nós cristãos fomos omissos). Pois bem: temos agora uma geração de jovens “livres” que só escutam e seguem os seus próprios desejos e caprichos, e mais nada. São deuses e escravos de si mesmos.
Qual é o caminho?
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Educação à castidade: você está fazendo isso errado.
Não adianta simplesmente substituir o atual modelo de campanha bundalelê pelo estímulo à abstinência (experiência que deu muito certo na Uganda e na Nigéria, por exemplo). É preciso, acima de tudo, reconstruir uma as bases da civilização ocidental: a FAMÍLIA.
De nada valerá ficar doutrinando os jovens pra manter os bilaus e piriquitas dentro das calças, se a família está destroçada e se os pais não são presentes em suas vidas. Mas aí o buraco é beeeeem mais embaixo…
Que o Beato João Paulo II, que tanto enfatizou a importância da família tradicional, possa ajudar cada um de nós a construir uma família que seja sal da terra e luz para o mundo. Dá uma força pra nóis aí, JP!
*****

Poligamia: por que antes podia, e hoje não pode mais?


poligamia
Intrigante… no Antigo Testamento vários heróis bíblicos viviam com mais de uma mulher: Abraão, Jacó, Davi, Salomão… E aí, por que Deus permitia isso naquela época, e hoje não permite mais? O que mudou?
É importante que fique claro: Deus nunca aprovou a poligamia, Ele apenas a tolerou por um determinado tempo, durante a “infância espiritual” do povo hebreu. Porém, já no Antigo Testamento, o profeta advertia:
“Guarde-se também o rei de multiplicar suas mulheres, para que não suceda que seu coração se desvie (de Deus).”
(Deuteronômio, 17,17)
O plano original de Deus para o casamento nunca incluiu a poligamia. Porém, quando o Senhor estabeleceu a Primeira Aliança com os hebreus, eles tinham uma consciência moral ainda muito precária, afinal, foram séculos de convivência com povos pagãos. Por isso, Deus decidiu fazê-los compreender certas coisas pouco a pouco: enquanto os pecados mais abomináveis foram combatidos com muito vigor – como o assassinato, o roubo, o incesto, a idolatria etc. –, a poligamia foi temporariamente tolerada, assim como o divórcio.
“Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés o permitiu: a princípio, porém, não era assim”. (Mateus 19,8)
Vamos comparar com o exemplo da catequese dos índios na época da colonização do Brasil: os nativos andavam nus, mas os jesuítas não chegavam, logo de cara, mandando a galera se vestir. Se assim fizessem, certamente não seriam compreendidos. Pedagogicamente, eles a princípio faziam vista grossa para a nudez do povo, priorizando o ensino das questões de fé mais urgentes e essenciais. Só depois é que orientavam sobre a importância do uso das roupas.
Nem a Bíblia nem a Tradição da Igreja especificam porque Deus tolerou a poligamia no A.T., mas, além da dureza do coração do povo, podemos imaginar que havia outro forte motivo. Naquela época, uma mulher sem um homem – pai ou marido –ficava numa situação social e econômica muito crítica, estando sujeita à mendicância e à prostituição.
poligamia_bolo_casamento
Para entendermos melhor, consideremos uma jovem viúva nos dias de hoje, com dois filhos pequenos para criar. É muito provável que ela consiga sustentar a sua família sozinha, com o seu trabalho. Entretanto, uma viúva na época no A.T. correria grande risco de passar fome, pois as mulheres não eram economicamente ativas. Além disso, não sendo mais virgem, teria muitas dificuldades para se proteger de abusos sexuais (isso explica a insistência dos profetas sobre a obrigação de ajudar os órfãos e as viúvas).
A poligamia sempre contrariou a vontade de Deus, e isso nunca mudou. Mas naquela circunstância específica, ainda não fosse o ideal, havia o atenuante de ampliar a oferta de maridos para as mulheres desamparadas e necessitadas de casamento.
Monogamia no N.T.: Jesus veio levar a lei à perfeição
Era preciso que o plano de Deus sobre o casamento se cumprisse na vida de seu povo, e que a poligamia fosse extinta. No Novo Testamento, Jesus veio para dar à lei o seu pleno cumprimento. E, a partir da vinda do Espírito Santo, o povo de Deus pôde ser capaz de compreender muitas coisas. Por isso, o Mestre disse na Última Ceia:
“Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade…” (João 16,12)
Na comunidade cristã primitiva, já era clara a consciência de que um homem deveria ter uma só mulher, e vice-versa. Na carta de São Paulo a Timóteo, entre as características necessárias para um candidato a bispo, o santo cita o casamento monogâmico:
“É preciso, porém, que o dirigente seja irrepreensível, esposo de uma única mulher, ajuizado…” (I Timóteo, 2)
Em toda a Escritura, fica evidente o paralelo entre a relação de marido e esposa e o amor de Deus pelo seu povo, pela Sua Igreja. Assim como Cristo possui uma só Esposa, a Santa Igreja Católica, os maridos devem possuir uma só esposa.

Músicas para tocar seu coração...Imagem e Semelhança (Walmir Alencar)

Homilia diária: Os anjos, nossos companheiros de caminhada


E Jesus continuou: “Em verdade, em verdade eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem” (cf. Jo 1,51). São com estas palavras que Jesus encerra o evangelho de hoje. São as maravilhas sobrenaturais de uma realidade que não é deste mundo, diz também o Senhor prestes a ser condenado: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas, o meu reino não é daqui” (cf. Jo 18,36). Quem são os guardas deste mundo espiritual e deste Reino que Jesus fala? Seriam os Anjos? Vejamos:
Hoje celebramos os arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael. O nome fala da missão própria de cada um e anjo fala da natureza. Nós somos humanos dotados de corpo, alma e espírito; os anjos são seres puramente espirituais. Por serem seres espirituais, os anjos bons e maus não podem ter a sua existência provada de maneira experimental e racional; no entanto, a Revelação atesta a sua realidade. Eles são mencionados mais de 300 vezes na Bíblia. Apesar de sua dignidade superior eles são somente criaturas de Deus, nós somos filhos de Deus.
Vejamos o que diz o Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos números:
328 A existência dos seres espirituais, não corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto à unanimidade da Tradição.
332 Eles aí estão, desde a criação e ao longo de toda a História da Salvação, anunciando de longe ou de perto esta salvação e servindo ao desígnio divino de sua realização: fecham o paraíso terrestre, protegem Lot, salvam Agar e seu filho, seguram a mão de Abraão, comunicam a lei por seu ministério, conduzem o povo de Deus, anunciam nascimentos e vocações, assistem os profetas, para citarmos apenas alguns exemplos. Finalmente, é o anjo Gabriel que anuncia o nascimento do Precursor e o do próprio Jesus.
333 Desde a Encarnação até a Ascensão, a vida do Verbo Encarnado é cercada da adoração e do serviço dos anjos. Quando Deus “introduziu o Primogênito no mundo, disse: – Adorem-no todos os anjos de Deus” (Hb 1,6). O canto de louvor deles ao nascimento de Cristo não cessou de ressoar no louvor da Igreja: “Glória a Deus nas alturas…” (Lc 2,14). Protegem a infância de Jesus, servem a Jesus no deserto, reconfortam-no na agonia, embora tivesse podido ser salvo por eles da mão dos inimigos, como outrora fora Israel. São ainda os anjos que “evangelizam”, anunciando a Boa Nova da Encarnação e da Ressurreição de Cristo. Estarão presentes no retorno de Cristo, que eles anunciam serviço do juízo que o próprio Cristo pronunciará.
329 Santo Agostinho diz a respeito deles: – “Anjo (mensageiro) é designação de encargo, não de natureza. Se perguntares pela designação da natureza, é um espírito; se perguntares pelo encargo, é um anjo: é espírito por aquilo que é, é anjo por aquilo que faz”. Por todo o seu ser, os anjos são servidores e mensageiros de Deus. Porque contemplam “constantemente a face de meu Pai que está nos céus” (Mt 18,10), são “poderosos executores de sua palavra, obedientes ao som de sua palavra” (Sl 103,20).
Para alcançarmos a santidade Deus nos presenteou com um companheiro de caminhada, que conhece como ninguém a vontade do Senhor: Desde o início até a morte, a vida humana é cercada por sua proteção e por sua intercessão. “Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida” (CIC n°336). Ainda aqui na terra, a vida cristã participa na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens unidos em Deus. Portanto, os anjos são criaturas espirituais que servem ao Senhor e aos homens em relação ao Seu plano divino de salvação. A santidade faz parte da natureza dos anjos, mas para nós seres humanos e limitados pela nossa humanidade ferida pelo pecado, a santidade é uma luta, uma conquista diária, requer vontade firme, renúncias, obediência a Deus e Sua vontade, vida de oração e comunhão com Ele e com os irmãos.
O nosso saudoso Papa João Paulo II afirmou certa vez: “Não tenhais medo da santidade, porque nela consiste a plena realização de toda autêntica aspiração do coração humano. Entre as maravilhas que Deus realiza continuamente, reveste singular importância a obra maravilhosa da santidade, porque ela se refere diretamente à pessoa humana”. E o Sumo Pontífice resume tudo dizendo: “A santidade é a plenitude da vida”. Portanto, Deus Pai, na Sua infinita Misericórdia e Providência, nos presenteia com os santos anjos para nos ajudar como companheiros na dura caminhada para a santidade. Por isso, desde criança aprendemos:
“Santo Anjo do Senhor, meu zeloso e guardador, se a Ti me confiou a piedade Divina sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém”.
padre Luizinho
Padre Luizinho – Comunidade Canção Nova


Liturgia diária - 29/09/2012 - Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

Primeira leitura (Daniel 7,9-10.13-14)

Sábado, 29 de Setembro de 2012
S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael


A- A+

Leitura da Profecia de Daniel.

9Eu continuava olhando até que foram colocados uns tronos, e um Ancião de muitos dias aí tomou lugar. Sua veste era branca como neve e os cabelos da cabeça, como lã pura; seu trono eram chamas de fogo, e as rodas do trono, como fogo em brasa. 10Derramava-se aí um rio de fogo que nascia diante dele; serviam-no milhares de milhares, e milhões de milhões assistiam-no ao trono; foi instalado o tribunal e os livros foram abertos.13Continuei insistindo na visão noturna, e eis que, entre as nuvens do céu, vinha um como filho de homem, aproximando-se do Ancião de muitos dias, e foi conduzido à sua presença. 14Foram-lhe dados poder, glória e realeza e todos os povos, nações e línguas o serviam: seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


Salmo (Salmos 137)

Sábado, 29 de Setembro de 2012
S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael


A- A+

— Perante os vossos anjos vou cantar-vos, ó Senhor!
— Perante os vossos anjos vou cantar-vos, ó Senhor!

— Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos e ante o vosso templo vou prostrar-me.
— Eu agradeço o vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma.
— Os reis de toda a terra hão de louvar-vos, quando ouvirem, ó Senhor, vossa promessa. Hão de cantar vossos caminhos e dirão: “como a glória do Senhor é grandiosa!”


Evangelho (João 1,47-51)

Sábado, 29 de Setembro de 2012
S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael


A- A+

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 47Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”. 48Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”. 49Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”.50Jesus disse: “Tu crês porque te disse: “Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!” 51E Jesus continuou: “Em verdade, em verdade eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

A Igreja celebra hoje: Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

Com alegria, comemoramos a festa de três Arcanjos neste dia: Miguel, Gabriel e Rafael. A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção a estes amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro pois, como São Paulo, vivemos num constante bom combate. A palavra "Arcanjo" significa "Anjo principal". E a palavra "Anjo", por sua vez, significa "mensageiro".

São Miguel
O nome do Arcanjo Miguel possui um revelador significado em hebraico: "Quem como Deus". Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento o profeta Daniel chama São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testamento ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também. "Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu". (Apocalipse 12,7-8)

São Gabriel
O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa "Força de Deus" ou "Deus é a minha proteção". É muito conhecido devido a sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Batista e, principalmente, anunciou o maior fato histórico: "No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré... O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: 'Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus'..." a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evangelho como se deu a Encarnação.

São Rafael
Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no livro de Tobit. Este arcanjo de nome "Deus curou" ou "Medicina de Deus",restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante. "Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus" (Tob 5,4).

São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós!




sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Dunga da Canção Nova estará em Itu....


Boa noite irmãos em Cristo...a paz de Jesus!



Acabei de receber uma informação "quentinha", que o cantor pregador e idealizador do PHN, o Dunga, estará em nossa cidade na segunda feira (01/10), a partir das 19:30 na Igreja São Cristóvão (Itu).



Um grande abraço a todos e fiquem com Deus!

Músicas para tocar seu coração...TONY ALLYSSON - PODEROSO DEUS

Homilia diária: O Cristo que seguimos diz do cristão que somos


Irmãos e irmãs, no tempo de Jesus e, segundo os evangelistas, muitos tinham opiniões sobre o ser e agir de Jesus, ao ponto de confundi-Lo com importantes personagens da história da Salvação (cf. Mt 14,1-2; Mc 9,14-16; Lc 9,7-9). Mas quem era o verdadeiro Jesus que lhes falava e manifestava, também por atos e até mesmo no silêncio, o amor de Deus que redime?
Esta questão tinha e continua a ter grande importância, por isso o próprio Senhor pergunta aos doze apóstolos, após terem orado por longo tempo, quem era aquele Homem que os chamou, orou com eles, partilhou a vida e as palavras, realizou grandes sinais diante da vista de todos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Lc 9,20).
Como porta-voz dos demais, Pedro respondeu com palavras inspiradas: “O Cristo de Deus” (v. 20). Mas será que ele tinha noção do que significaria, no mistério de Jesus, aquelas palavras? Uma leitura comparativa dos Evangelhos sinópticos, inclusive em Mt 16, 13-20, percebe-se que, naquele momento, em Cesaréia de Filipe, eles ainda não seriam capazes de conceberem a relação de Jesus como o Messias e, ao mesmo tempo, o realizador da profecia do Isaías.
Será preciso um Calvário e a releitura dos acontecimentos, em comunidade, guiada pelo Espírito Santo (cf. Jo 14,26) para que a Igreja, num todo, identificasse Jesus Cristo como Servo Sofredor sem fatalismo: “Era o mais desprezado e abandonado de todos, homem do sofrimento, experimentado na dor, indivíduo de quem a gente desvia o olhar, repelente, dele nem tomamos conhecimento” (Isaías 53, 3). Mas o Cristo é também o Mestre dos mestres que, em sua pedagogia divina, foi revelando a verdade, a qual, aos poucos, os doze e a Igreja, ao longo do tempo, foi e continua a ser chamada a aceitar, para que a interpretação do Mistério de Cristo não tenha o ruído do triunfalismo.
“É necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar” (Lc 9, 22). Até parece que Jesus estava com o trecho de Isaías, acima citado, frente aos seus olhos. Mas, muito mais do que isto, todo o Antigo Testamento estava em seu coração como a história de toda a humanidade, a qual continua necessitada de um único messias que corresponda e supere as esperanças dos povos. Por isso, alerta o magistério da Igreja, instruída pelo Espírito de Cristo: “Numerosos judeus, e até certos pagãos que compartilhavam a esperança deles, reconheceram em Jesus os traços fundamentais do “Filho de Davi” messiânico, prometido por Deus a Israel.
Jesus aceitou o título de Messias [Cristo em grego] ao qual tinha direito, mas com reserva, pois este era entendido por uma parte de seus contemporâneos segundo uma concepção demasiadamente humana, essencialmente política” (CIC, nº 439). Por isso as palavras do primeiro Papa, também representa o reto ensinamento da Igreja de Cristo, que pelo seu Catecismo, exprime a fé n’Aquele que ressuscitou, mas, antes, sofreu por cada um de nós e por todos a Sua Paixão e Morte. Assim, a Fé Pascal (Morte e ressurreição) precisa também suscitar a nossa resposta diária ao Cristo que continua a nos questionar: “E você que é cristão, quem é o Cristo que você segue, principalmente quando a vida lhe propõem ou impõem um Calvário? Quando quereríamos ser tratado com se estivéssemos ainda em Cesaréia, ignorantes em muitas coisas? Talvez, até estejamos nesta etapa, na qual o conhecimento que temos da Palavra de Deus ainda paire abstrato sobre a nossa existência e ações. Por isso, Cristo, como fez com os doze continua a nos propor, nunca impor, a vida de oração comunitária e apostólica (cf. Lc 9, 18) para que, mesmo sem entendermos muitas coisas, possamos ainda nos unir ao mistério do Cristo Pascal.
D’Ele não vem o sofrimento nem a provação, mas a certeza de que nada que passamos, passa ao lado do Seu coração cheio de compaixão e verdade. Ele não é indiferente a ninguém nem às razões das nossas lutas e lágrimas.
De Cesaréia de Filipe ao Calvário, os apóstolos precisaram da paciência e sabedoria do Mestre e Bom Pastor. Também nós podemos ter a certeza de que Ele não mudou a Sua pedagogia, a qual transforma o tempo num elemento imprescindível para o nosso amadurecimento como discípulos e missionários. Agora, ninguém pode ceder aos messianismos presentes, que prometem um céu aqui na terra, ou seja, não se pode dispensar do seguimento e união ao verdadeiro Jesus Cristo, cabeça da Igreja, Aquele que por amor aceitou «sofrer muito» e ressuscitar, no terceiro dia, para nos comunicar o Espírito Santo.
Ele não está obrigado a poupar ninguém do mistério do sofrimento humano neste mundo passageiro. Por isso também, Ele continua conosco como consolo e modelo Supremo na árdua missão que conferiu à Sua Igreja (cada um a seu modo), a partir do Papa e aos sucessores dos apóstolos: «Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos» (Mt 28, 20).
Padre Fernando Santamaria
Comunidade Canção Nova



Liturgia diária - 28/09/2012 - 25º Domingo Comum

Primeira leitura (Eclesiaste 3,1-11)

Sexta-Feira, 28 de Setembro de 2012
25ª Semana Comum


A- A+

Leitura do Livro do Eclesiastes.

1Tudo tem seu tempo. Há um momento oportuno para tudo o que acontece debaixo do céu. 2Tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de colher a planta.3Tempo de matar e tempo de salvar; tempo de destruir e tempo de construir. 4Tempo de chorar e tempo de rir; tempo de lamentar e tempo de dançar. 5Tempo de atirar pedras e tempo de as amontoar; tempo de abraçar e tempo de separar. 6Tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de esbanjar. 7Tempo de rasgar e tempo de costurar; tempo de calar e tempo de falar. 8Tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz.
9Que proveito tira o trabalhador de seu esforço? 10Observei a tarefa que Deus impôs aos homens, para que nela se ocupassem. 11As coisas que ele fez são todas boas no tempo oportuno. Além disso, ele dispôs que fossem permanentes; no entanto o homem jamais chega a conhecer o princípio e o fim da ação que Deus realiza.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 143)

Sexta-Feira, 28 de Setembro de 2012
25ª Semana Comum


A- A+

— Bendito seja o Senhor, meu rochedo!
— Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

— Bendito seja o Senhor, meu rochedo. Ele é meu amor, meu refúgio, libertador, fortaleza e abrigo. É meu escudo: é nele que espero.
— Que é o homem, Senhor, para vós? Por que dele cuidais tanto assim, e no filho do homem pensais? Como o sopro de vento é o homem, os seus dias são sombra que passa.


Evangelho (Lucas 9,18-22)

Sexta-Feira, 28 de Setembro de 2012
25ª Semana Comum


A- A+

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Aconteceu que Jesus 18estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?” 19Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”.
20Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. 21Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém.
22E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



A Igreja celebra hoje: São Venceslau

São Venceslau

O santo que nos ensina com sua opção pelo Reino de Deus e de vida constante na luta para a santidade, é o príncipe Venceslau. Sua história se entrelaça com a vida e fé da família real. Nasceu em 907. Seu pai, Vratislau, era duque da Boêmia.

O pai e sua avó eram cristãos fervorosos, ao passo que sua mãe era uma pagã ambiciosa e inimiga da religião. São Venceslau foi educado pela avó (Ludmila), por isso cresceu religioso e muito caridoso para com os pobres, enquanto seu irmão educado pela mãe (Boleslau) tornou-se violento e ambicioso.

Com a morte do pai e pouca idade do santo herdeiro, a mãe má intencionada assumiu o governo. Sendo assim tratou de expulsar os missionários católicos. O povo revoltado, juntamente com os nobres pressionaram o príncipe para assumir o governo e com o golpe de estado Venceslau assumiu em 925.

Nos oito anos de reinado, Venceslau honrou a fama de "O príncipe santo". Logo que assumiu o trono, tratou de construir igrejas, mandou regressar os sacerdotes exilados, abriu as fronteiras aos missionários da Suábia e da Baviera. Venceslau governou com tanta justiça e brandura que com pouco tempo conquistou o coração do povo que o amava e por ele era concretamente amado: protetor dos pobres, dos doentes, dos encarcerados, dos órfãos e viúvas. Verdadeiro pai.

Este homem que muito se preocupou com a evangelização do povo a fim de introduzir todos no "sistema de Deus", era de profunda vida espiritual mas, infelizmente, odiado pelo irmão Boleslau e pela mãe, que além de matar a piedosa sogra - educadora do santo -, concordou com a trama contra o filho.

Quando nasceu o primogênito de Boleslau, São Venceslau foi convidado para um solene banquete onde foi pensando na reconciliação de sua família. Tendo saído para estar em oração, na capela real, foi apunhalado pelo irmão e pelos capangas dele. Antes de cair morto, São Venceslau pronunciou: "Em tuas mãos, ó Senhor, entrego o meu espírito". Isto ocorreu em 929.

São Venceslau, rogai por nós!




quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Músicas para tocar seu coração...Padre Fábio de Melo - No meu interior tem Deus

Homilia diária: Por que você quer ver Jesus?


Quando Jesus abria a boca para falar, Suas palavras tornavam realizáveis Seus gestos e testemunhavam Suas ações por palavras ou pela proveniência. Então, todos, em todas as cidades, ouviram falar d’Ele. E a grande maioria tinha curiosidade em conhecê-Lo.
Neste contexto ocorre o Evangelho de hoje. Constatamos que até Herodes ficou admirado com o que se falava de Jesus. Provavelmente, contaram sobre o milagre de Caná, das curas dos doentes, da multiplicação dos pães. Por fim, tudo o que parecesse sobrenatural deixava Herodes perplexo e até supersticioso. Eis aí a razão pela qual ele pensou em João, Elias e os profetas antigos (que uma vez mortos, julgava terem ressurgido). Trata-se da reencarnação? Para Herodes sim, mas para Cristo e os Seus discípulos, não. A dúvida de Herodes, no entanto, fala mais alto: “A João, eu mesmo mandei cortar a cabeça. Mas, quem será, então, esse homem de quem ouço falar essas coisas?”
A certeza da ressurreição era comum entre os fariseus em oposição aos saduceus, os quais não acreditavam nela. Historicamente falando – e segundo esta crença farisaica -, os que morreram piedosamente, justos diante de seu Deus, ressuscitariam e voltariam a viver nesta mesma terra, porém em um reino de glória completamente sob o domínio do Senhor. Mentalidade que, mais tarde, haveria de iluminar a compreensão da ressurreição de Jesus por parte de Seus discípulos judeus.
Voltando ao texto de hoje, Lucas o conclui dizendo que Herodes procurava ver Jesus para ter certeza dos sinais e prodígios que ouviu falar sobre Ele. Eis a razão pela qual Jesus é levado diante de Herodes na Sexta-Feira Santa. O rei quer ver Cristo realizar alguma “mágica”, mas Jesus não dirige sequer uma palavra para ele. Herodes não merecia nem uma palavra do Senhor. A arrogância dele era desprezível, por isso Cristo não fez nenhum milagre diante dele.
Veja que os apóstolos – diferentemente de Herodes – anunciam aos outros a experiência que fizeram do Cristo Ressuscitado: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os olhos, o que contemplamos e nossas mãos apalparam no tocante ao Verbo da vida, porque a vida se manifestou e nós vimos e testemunhamos, anunciando-vos a vida eterna que estava com o Pai e nos foi manifestada, o que vimos e ouvimos, nós também vos anunciamos a fim de que também vós vivais em comunhão conosco. Ora, nossa comunhão é com o Pai e seu Filho, Jesus Cristo. Nós vos escrevemos estas coisas para nossa alegria ser completa” (1Jo 1,1-4).
Quero lhe fazer uma pergunta: “Por que você quer ver Jesus?”. Até Herodes queria vê-Lo, de tanto que ouviu falar do Senhor. Normalmente, quando ouvimos falar muito de alguém, ficamos curiosos para conhecê-lo. Você já ouviu alguém lhe dizer: “Ah, então você é o fulano? Ouvi muito falar de você!” E você se questiona: “Ouviu falar bem ou mal de mim?”
Lembre-se que a fama de Jesus se espalhou e todos vinham ver a palavra do “jovem pregador que tinha tanto amor”. Ele fazia todas as pessoas felizes. Mas você, que fama tem?
Jesus não só quer ouvir falar muito de você, como também quer estar sempre por perto, pronto para ajudá-lo caso você precise e peça a ajuda d’Ele. Cristo espera para vê-lo feliz e fazendo os outros felizes também. Esta é a fama com que Ele atraiu as multidões (e até mesmo o próprio Herodes).
Faça os outros felizes e você será feliz hoje e sempre!
Padre Bantu Mendonça



Liturgia diária - 27/09/2012 - São Vicente de Paulo

Primeira leitura (Eclesiaste 1,2-11)

Quinta-Feira, 27 de Setembro de 2012
São Vicente de Paulo


A- A+

Leitura do Livro do Eclesiastes.

2“Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade”. 3Que proveito tira o homem de todo o trabalho com o qual se afadiga debaixo do sol? 4Uma geração passa, outra lhe sucede, enquanto a terra permanece sempre a mesma. 5O sol se levanta, o sol se deita, apressando-se para voltar a seu lugar, donde novamente torna a levantar-se. 6Dirigindo-se para o sul e voltando para o norte, ora para cá, ora para lá, vai soprando o vento, para retomar novamente o seu curso. 7Todos os rios correm para o mar, e contudo o mar não transborda; voltam ao lugar de onde saíram para tornarem a correr.8Tudo é penoso, difícil para o homem explicar. A vista não se cansa de ver, nem o ouvido se farta de ouvir. 9O que foi será; o que aconteceu, acontecerá: 10não há nada de novo debaixo do sol. Uma coisa da qual se diz: “Eis aqui algo de novo”, também esta já existiu nos séculos que nos precederam. 11Não há memória do que aconteceu no passado, nem também haverá lembrança do que acontecer, entre aqueles que viverão depois.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Salmo (Salmos 89)

Quinta-Feira, 27 de Setembro de 2012
São Vicente de Paulo


A- A+

— Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.
— Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.

— Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!” Pois mil anos para vós são como ontem, qual vigília de uma noite que passou.
— Eles passam como o sono da manhã, são iguais à erva verde pelos campos: De manhã ela floresce vicejante, mas à tarde é cortada e logo seca.
— Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria! Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? Tende piedade e compaixão de vossos servos!
— Saciai-nos de manhã com vosso amor, e exultaremos de alegria todo o dia! Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza! Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.



Evangelho (Lucas 9,7-9)

Quinta-Feira, 27 de Setembro de 2012
São Vicente de Paulo


A- A+

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 7o tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou perplexo, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. 8Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. 9Então Herodes disse: “Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?” E procurava ver Jesus.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.