Sempre que Jesus se isolava para rezar, é porque havia algo de extrema importância por fazer. Dessa vez, foi a escolha dos doze apóstolos. Apesar d’Ele ter o raciocínio rápido demais para dar as respostas mais sensatas, na hora de tomar decisões importantes Ele passava a noite inteira em reflexão, em oração.
Traçando um plano de vida e querendo cumpri-lo sem dar margem a erros, no Evangelho de hoje, Jesus vai ao monte e passa a noite inteira lá. “Monte”, aqui, significa intimidade profunda com Deus, pois Ele veio não para fazer a Sua vontade, mas a do Pai que O enviou.
Então, essa deve ser a primeira lição de hoje para nós: buscar uma meta, um objetivo de vida e traçar um plano para alcançá-lo. Mas tenhamos também a certeza de que, sozinhos não conseguiremos nada. Eu lhe pergunto: “Qual é o seu plano hoje?” O plano de Jesus foi difundir o Evangelho para toda a humanidade. O nosso não precisa ser tão pretensioso, mas é preciso que cada um saiba para onde vai, o que vai fazer lá e o porquê?
Outro ponto importante é que Jesus, sendo um líder servidor, com certeza acompanhava, um por um, dos Seus doze apóstolos e amigos. Devia conhecer a intimidade de cada um, seus anseios, suas preocupações, suas dúvidas, seus amores e, no decorrer dos três anos, deve ter feito um profundo processo de cura e transformação nesses doze homens para que eles soubessem como deveriam ser com os seus próprios seguidores quando chegasse a vez deles.
Jesus sabia que estava formando os doze não para Ele próprio, mas para o mundo, como um verdadeiro Pai que escuta, acolhe, compreende, perdoa e dá forças e meios para o filho superar as dificuldades, principalmente as próprias limitações.
Como seria bom se tivéssemos mais líderes, mais padres, mais coordenadores, mais pais que se sentissem responsáveis pelos seus como Jesus!
Por fim, a força que saía d’Ele curava a todos. Na linguagem de hoje, poderíamos dizer que Jesus era uma pessoa que tinha presença.
Ele é a Luz, por isso atrai a todos. Sua postura é sempre impecável. Mesmo lidando com doenças e demônios, Jesus conservava uma atitude positiva, conservando em tudo a firmeza de ânimo.
Assim como Ele, nós devemos praticar a mesma firmeza de ânimo, a fim de traçar um projeto de vida, sermos determinados e tocar para frente, contando sempre com a ajuda dos outros, pois “uma mão lava a outra” e as duas ficam limpas. Cristo, ao escolher os Seus discípulos, não faz outra coisa senão lhes confiar também a responsabilidade e os envia em missão para onde Ele mesmo deveria ir.
Precisamos ter atitudes positivas no nosso dia a dia. Uma atitude positiva mesmo frente aos problemas da vida. Isto nos fará superar todas as dificuldades.
Padre Bantu Mendonça
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