Oi Giuliana!
Sim… Povo Católico. Peço que me perdoem, mas hoje vou falar só com a Giuliana. E falando com ela, quero falar com todos vocês sobre o privilégio que é ter essa alma imortal!
O post de ontem (leia aqui) falava sobre a questão de os animais irem ou não para ou céu. Essa é uma dúvida real de muitas pessoas e foi respondida da maneira mais franca e direta possível. A nossa leitora Giuliana fez um comentário em que afirma ter se apegado aos bichos por ter perdido a esperança nas pessoas. Ela se abriu e, provavelmente sem querer, mostrou porque afinal, nossa alma é tão diferente…
O pano de fundo dessa história toda não é saber se vamos ter a companhia dos animais no céu. Isso é desnecessário porque teremos a Cristo! Tudo se torna desnecessário diante da presença dEle. O que realmente interessa é perceber a nossa característica divina. Ou, para usar os mesmos termos da primeira parte do Catecismo, o grande barato é perceber que somos capazes de Deus.
Preste atenção! A palavra é: capazes. Está dentro da nossa capacidade dar passos em direção a Ele! E isso ocorre somente porque temos uma alma tão grandiosa que nos faz ter uma estranha e incômoda SEDE DE INFINITO que parece não se satisfazer nunca! E foi por causa desta sede, Giuliana, que você deixou de ter esperança nos homens, como você mesma falou… foi por causa dela que você encontrou apoio nos seus bichos de estimação… e foi também por causa dela que você se magoou ao saber que eles não vão para o céu. Simplesmente porque você deseja o mesmo que todo mundo: que tudo que gostamos seja eterno. É isso que a nossa alma pede.
Mas porque nunca encontramos? Porque precisamos procurar no lugar certo. Nem os animais, nem o dinheiro, nem a carreira, nem as pessoas mais amadas são capazes de preencher esse buraco que teima em continuar aberto dentro do seu peito. Tudo isso é imperfeito. Nada dura eternamente como gostaríamos. Nem as pessoas. Aliás… as pessoas… elas sempre nos decepcionam! Sabe por que? Porque são imperfeitas! Carregam o famosíssimo pecado original, a terrível tendência que temos em virar as costas para Deus. Eu sou assim. Você também é assim, Giuliana. Os animais não são… simplesmente porque não possuem a alma grandiosa que nós temos. Parece uma contradição? Mas não é… já até falamos sobre isso aqui no blog (ver post). Somos tão grandiosos, que de vez em quando esquecemos que diante de Deus, não somos nada… e aí… achamos que somos o próprio Deus.
Esperança é o nome que damos quando esperamos algo. Quando você diz que perdeu a esperança nas pessoas, significa que não espera mais nada delas. Isso não é verdade. E ficou provado quando você teve a coragem de levantar sua voz para deixar sua alma gritar e defender a eternidade daquilo que é importante pra você. Teve coragem de se lançar diante das pessoas, para ser julgada, compreendida e, mesmo que não tenha se dado conta disso, para ser acolhida e amada. É isso que ao final todos nós queremos. Por isso, dentre todos os que reclamaram, você foi a única que realmente lançou a humanidade ao invés dos argumentos. E quem faz isso, não pode ter perdido as esperanças!
Giuliana. A única resposta para este buraco que todos nós tentamos o tempo todo preencher é DEUS. É nEle que você deve depositar as esperanças! Mas só é possível encontrá-lo através de Cristo (“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”). E por sua vez, só podemos encontrar Cristo através da sua Igreja, que é feita de… pessoas!
Esse é o método de Deus… sempre foi através das pessoas. Desde a época dos profetas (também já falamos sobre isso. Leia aqui).
Seu bichinho de estimação não vai pro céu, Giuliana. Mas se você continuar desafiando o mundo empenhando toda a sua humanidade, mais do que os seus argumentos, você vai. Mas pra isso, você precisa olhar pras pessoas em volta de você. Com certeza algumas delas são o meio pelo qual Cristo quis te tocar.
Sua alma, nossa alma, é tão grande que só se contenta com o infinito. Somos capazes de Deus porque somos grandes o suficiente para buscá-lo. Como perder as esperanças… como não se emocionar, diante de coisa tão bela?
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