Vamos falar aqui de modo especial dos cães e gatos. Afinal, sejamos francos: ninguém está nem aí para o destino post mortem dos outros animaizinhos – as baratas que insistem em invadir a sua cozinha, o rato que mora no bueiro em frente à sua casa, o camarão da empada que você comeu ontem, o mosquito da dengue que mordeu a sua tia no verão passado… Com a alma deles, aposto que você nunca se preocupou!
Então, vamos direto ao ponto: não, o seu cachorro não vai para o Céu. E não é por que ele roubou a salsicha do mercado e se atracou lascivamente com as pernas da sua vizinha… O fato é que ele não possui alma imortal. Simples assim.
O Catecismo da Igreja Católica (2415 a 2418) nos ensina que os animais são dons de Deus. São criaturas benditas, mas que não possuem alma imortal. Temos a obrigação de tratá-los com respeito e carinho, já que eles têm sentimentos e sentem dor. É pecado “fazer os animais sofrerem inutilmente e desperdiçar suas vidas”.
A afeição que dedicamos aos bichos é boa e justa, desde que nossa consciência sobre a sua natureza não seja deturpada. Só nós, os seres humanos, fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, e somente nós possuímos alma imortal. Entretanto, algumas pessoas se negam a aceitar esta verdade revelada pela Santa Igreja evivem a sua relação com os animais como uma verdadeira idolatria, chegando ao cúmulo de dizer: “Se os animais não vão para o Céu, eu também não quero ir”. Quer dizer que a amizade com o totó é mais desejada e valiosa do que a amizade com o próprio Deus?
Amigos, amemos os animais pelo que eles são, e não pelo que a mentalidade sentimentalóide e pseudo-fofa da sociedade atual nos induz a crer. Assim como as demais coisas maravilhosas da natureza – as flores, as matas e os rios – os animais de estimação são, muitas vezes, um consolo no meio das amarguras e decepções da vida. Eles são sinais da bondade de Deus para conosco, então, agradeça a Ele pelos momentos de alegria que o seu bichinho lhe dá, pela companhia que ele lhe faz, pelo carinho que lhe oferece.
Porém, se ao final desta leitura, você estiver babando e rosnando, o seu problema não é mais intelectual ou religioso: procure um médico para tomar uma vacina antirrábica!
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