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sábado, 31 de março de 2012

Homilia diária: Tenhamos cuidado com os nossos pensamentos e palavras


A mensagem central de hoje – e de todo o Evangelho de São João – é que “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho Unigênito para que não morra todo aquele que nele crê, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). A presença de Jesus, como Luz do mundo, divide os seres humanos entre os que se decidem pela Luz e, por isso, ficam do lado da vida, e os que se decidem pelas trevas, ficando do lado da morte.
Assim, os fariseus, escribas e sacerdotes não descansaram enquanto não conseguiram um jeito de anular a pessoa de Jesus Cristo. Preocupados com a fama d’Ele e a multiplicação dos milagres, estavam sem saber o que fazer. Foram muitos os enfrentamentos entre eles e Jesus, pois questionavam a pessoa de Cristo. Até que, finalmente, os sacerdotes e os fariseus convocaram o Conselho. Desde aquele momento, resolveram tirar-Lhe a vida. Decidiram matar Jesus.
Resolveram matá-lo por Ele fazer o bem, por curar e ressuscitar pessoas, por aconselhar os homens a seguir o caminho reto, a não se preocuparem com o dia de amanhã e a não ter medo, mas crer n’Ele e no Pai. O que mais indignou os sumos sacerdotes foi Jesus dizer que era o Filho de Deus. Para os judeus, isso foi blasfêmia, mas, na verdade, eles queriam “apagar” o concorrente. Então, aquele Conselho foi um pré-julgamento de Jesus, no qual o Filho de Deus foi, de antemão, condenado.
Também nós condenamos e até mesmo “queimamos” os nossos concorrentes, arrumando um jeito de diminuir as suas qualidades, seja no emprego, por ciúmes dos colegas que são mais capazes do que nós, ou por  aquele “cara forte que arrasa” quando chega na área.
Jesus era consciente de que um efeito, ainda que não desejado, do Seu trabalho fosse ser causa de divisão entre os partidários do imobilismo e os que lutam por um mundo novo. Por isso, inflamou a ira dos funcionários do Templo e de todos os que se consideravam “donos da verdade”.
Aproximando-nos da festa da Páscoa, vamos ao encontro do Senhor da Nova e Eterna Aliança. A Quaresma é ocasião oportuna para reforçarmos nossa decisão pela Luz, que é Cristo, e ajudarmos os que estão nas trevas a optar pela Luz e abandonar a morte.
Que essa Quaresma, tempo favorável da graça de Deus, nos dê as forças necessárias para renovarmos nossos corações e, assim, podemos viver a Páscoa do Senhor, que deseja nos devolver a alegria de viver.
Precisamos tomar cuidado para não fazer como os líderes judaicos daquele tempo. Tenhamos cuidado com os nossos pensamentos e palavras, e lembremos, acima de tudo, o que nos disse o Ressuscitado: “Não julguem e não serão julgados! Não condenem e não serão condenados!”
Padre Bantu Mendonça

Liturgia do dia - 31/03/2012

Primeira leitura (Ezequiel 37,21-28)

Sábado, 31 de Março de 2012
5ª Semana da Quaresma


A- A+


Leitura da Profecia de Ezequiel.

21Assim diz o Senhor Deus: “Eu mesmo vou tomar os israelitas do meio das nações para onde foram, vou recolhê-los de toda parte e reconduzi-los para a sua terra.
22Farei deles uma nação única no país, nos montes de Israel, e apenas um rei reinará sobre todos eles. Nunca mais formarão duas nações, nem tornarão a dividir-se em dois reinos. 23Não se mancharão mais com os seus ídolos e nunca mais cometerão infames abominações. Eu os libertarei de todo o pecado que cometeram em sua infidelidade, e os purificarei. Eles serão o meu povo e eu serei o seu Deus.
24Meu servo Davi reinará sobre eles, e haverá para todos eles um único pastor. Viverão segundo meus preceitos e guardarão minhas leis, pondo-as em prática. 25Habitarão no país que dei a meu servo Jacó, onde moraram vossos pais; ali habitarão para sempre, também eles, com seus filhos e netos, e o meu servo Davi será o seu príncipe para sempre.
26Farei com eles uma aliança de paz, será uma aliança eterna. Eu os estabelecerei e multiplicarei, e no meio deles porei meu santuário para sempre. 27Minha morada estará junto deles. Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 28Assim as nações saberão que eu, o Senhor, santifico Israel, por estar o meu santuário no meio deles para sempre”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Salmo (Jeremias 31,10-13)

Sábado, 31 de Março de 2012
5ª Semana da Quaresma


A- A+


— O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
— O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

— Ouvi, nações, a palavra do Senhor e anunciai-a nas ilhas mais distantes: “Quem dispersou Israel, vai congregá-lo, e o guardará qual pastor a seu rebanho!”
— Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó e o libertou do poder do prepotente. Voltarão para o monte de Sião, entre brados e cantos de alegria afluirão para as bênçãos do Senhor:
— Então a virgem dançará alegremente, também o jovem e o velho exultarão; mudarei em alegria o seu luto, serei consolo e conforto após a guerra.



Evangelho (João 11,45-56)

Sábado, 31 de Março de 2012
5ª Semana da Quaresma


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 45muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. 46Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. 47Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o Conselho e disseram: “Que faremos? Este homem realiza muitos sinais. 48Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação”.
49Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não entendeis nada. 50Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” 51Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. 52E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. 53A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus.
54Por isso, Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. 55A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. 56Procuravam Jesus e, ao reunirem-se no Templo, comentavam entre si: “Que vos parece? Será que ele não vem para a festa?”

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

A Igreja celebra hoje: São Benjamim

São Benjamim

Nasceu no ano de 394 na Pérsia e, ao ser evangelizado, começou a participar da Igreja ao ponto de descobrir sua vocação ao diaconato.

Serviu a Palavra e aos irmãos na caridade, chamando a atenção de muitos para Cristo.

Chegou a ser preso por um ano, sofrendo, e se renunciasse ao nome de Jesus, seria solto. Porém, mesmo na dor, na solidão e na injustiça, ele uniu-se ainda mais ao Cristo crucificado.

Foi solto com a ordem de não falar mais de Jesus para ninguém, o que era impossível, pois sua vida e seu serviço evangelizavam.

Benjamim foi canal para que muitos cegos voltassem a ver, muitos leprosos fossem curados e assim muitos corações duvidosos se abriram a Deus.

Foi novamente preso, levado a público e torturado para que renunciasse à fé. Perguntou então ao rei, se gostaria que algum de seus súditos fosse desleal a ele. Obviamente que o rei disse que não. E assim o diácono disse que assim também ele, não poderia renunciar à sua fé, a seu Rei, Jesus Cristo.

E por não renunciar a Jesus, foi martirizado. Isso no ano de 422.

São Benjamim, rogai por nós!


sexta-feira, 30 de março de 2012

M.I.S.S.A – Vamos acabar com essa profanação!!!

Em tempo de quaresma onde a Igreja nos chama ao silencio e conversão, onde temos que meditar sobre a paixão de nosso senhor, sobre as tentações do deserto, vem uma noticia que me deixou aborrecido e me tirou a paz.
Paixão de Cristo
A tres anos escutamos e já debatemos sobre uma festa profana que acontece em todo o Brasil chamada M.I.S.S.A (movimento dos interessados em sacudir a sua alma) que escarnecer de nossa fé publicamente e tem levado jovens ao inferno pelos cantos do Brasil. Agora essa festa do demônio acontecera em Búzios RJ justamente na Sexta Feira Santa, onde mais de 5000 mil pessoas já confirmaram presença na festa.
Até quando nos católicos vamos aguentar esse deboche a Jesus Cristo e sua Igreja, onde estão os católicos de verdade, aqueles que professam a sua fé e lutam pelo evangelho e por sua Igreja. Peço que assinem e divulguem essa petição para colocar um fim nessa festa demoníaca que escarnecer da nossa fé e da nossa Igreja. (Equipe Rainha dos apóstolos)

Mais Reportagens:



Repórter de Cristo - Leia mais: http://reporterdecristo.com/m-i-s-s-a-vamos-acabar-essa-profanacao/ #ixzz1qd1knZJY

Homilia diária: Por que me sinto derrotado diante das tribulações?


“Outra vez procuravam prender Jesus, mas ele escapou das mãos deles” (Jo 10,39).  Para os que meditaram o Evangelho dessa semana, além de ler a partilha, puderam perceber que, durante toda a semana, os fariseus tentavam prender e apedrejar Jesus, mas nunca conseguiam fazê-lo.
Em primeiro lugar, eles não conseguiam prender Jesus, muito menos apedrejá-Lo, porque ainda não era a hora d’Ele viver a Sua Paixão. E nós, muitas vezes, em meio às doenças, ao desemprego, às tribulações na família, às dificuldades nos relacionamentos, ficamos apreensivos e nos sentimos como se já não tivéssemos mais forças para continuar. Mas saiba que nada é por acaso, porque Jesus jamais deixaria que algo nos acontecesse se não fosse a nossa hora.
O Senhor pregava sabendo que os fariseus tentariam prendê-Lo, mas Ele não tinha medo. Jesus os incomodava, mas o que O fazia perseverar era a confiança que Ele tinha no Pai, e esta vinha da oração.
Se você não reza nem busca Deus em oração, todas as vezes que surgirem tribulações, você se sentirá derrotado, desanimado e com sentimento de ter sido “abandonado” pelo Senhor na sua vida. Talvez, hoje, você esteja assim; mas saiba que Jesus está ao seu lado e nada vai lhe acontecer antes da hora.
O que devemos fazer é entrar no humano de Jesus, que foi perseguido, caluniado, maltratado e crucificado, mas, no fim, saiu glorioso e vitorioso. Essa é a vontade de Deus para a nossa vida, que nós saiamos vitoriosos nas tribulações e perseguições que temos sofrido. Saiba e perceba que, quando Jesus se sentia ameaçado, Ele se retirava do meio dos homens para ficar a sós com o Pai.
Hoje, Ele retorna à fonte, ao início do Seu ministério. Vai para o Jordão, onde foi batizado, recebeu a unção do Espírito Santo e a voz do Pai testemunhou a Seu favor. Assim, quando você se sentir ameaçado, volte às origens. Relembre-se do lugar onde foi batizado e deixe que reinflame em você a unção batismal para ser reconfirmado na fé e poder caminhar, pacientemente, ao encontro do Cristo vitorioso.
Você foi batizado na Igreja, na casa de Deus. Se voltar para lá – como Jesus fez para se fortalecer – sairá vitorioso. Por isso, acorde meu irmão, minha irmã! Saiba que, sem Deus, nada podemos fazer. Retire-se para a pia batismal, o lugar onde você recebeu a unção do Espírito Santo. Então, como Cristo, você será testemunha da Boa Nova da Salvação a todas as pessoas, a começar pelos da sua casa.
Ademais, a Igreja dá muita ênfase à missão evangelizadora do cristão, à necessidade e obrigação que temos de levar a Palavra de Deus até onde nos for possível. O acolhimento da Palavra é essencial para desenvolvermos nossa fé.
“A Lei chama deuses as pessoas às quais se dirigiu a Palavra de Deus” (Jo 10,35). O sinal efetivo da nossa fé se reflete nas obras que realizamos e que brotam segundo os critérios divinos, nos identificando como criaturas semelhantes a Deus. “Acaso não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’?” (Jo 10,34).
A verdadeira fé nos induz à disponibilidade divina, semelhante a de Maria na anunciação do anjo, tornando-nos instrumentos para a ação de Deus  junto aos nossos irmãos. O Senhor sempre age por meio dos homens, mas nós só teremos méritos quando nos colocamos conscientemente disponíveis à Sua ação.
As boas obras decorrentes da nossa fé são elementos importantes de evangelização, servindo de testemunho às nossas palavras, o que levou os contemporâneos de Jesus a afirmar convictamente: “João não realizou nenhum sinal, mas tudo que ele disse a respeito deste homem, é verdade” (Jo 10,41). Mas para isso é preciso voltar à fonte batismal para sermos reabastecidos constantemente.
Padre Bantu Mendonça

Liturgia do dia - 30/03/2012

Primeira leitura (Jeremias 20,10-13)

Sexta-Feira, 30 de Março de 2012
5ª Semana da Quaresma


A- A+


Leitura do Livro do Profeta Jeremias.

10Eu ouvi as injúrias de tantos homens e os vi espalhando o medo em redor: “Denunciai-o, denunciemo-lo”. Todos os amigos observam minhas falhas: “Talvez ele cometa um engano e nós poderemos apanhá-lo e desforrar-nos dele”.
11Mas o Senhor está ao meu lado, como forte guerreiro; por isso, os que me perseguem cairão vencidos. Por não terem tido êxito, eles se cobrirão de vergonha. Eterna infâmia, que nunca se apaga! 12Ó Senhor dos exércitos, que provas o homem justo e vês os sentimentos do coração, rogo-te me faças ver tua vingança sobre eles; pois eu te declarei a minha causa. 13Cantai ao Senhor, louvai ao Senhor, pois ele salvou a vida de um pobre homem das mãos dos maus.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Salmo (Salmos 17)

Sexta-Feira, 30 de Março de 2012
5ª Semana da Quaresma


A- A+


— Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz.
— Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz.

— Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, minha rocha, meu refúgio e Salvador!
— Meu Deus, sois o rochedo que me abriga, minha força e poderosa salvação, sois meu escudo e proteção: em vós espero! Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! e dos meus perseguidores serei salvo!
— Ondas da morte me envolveram totalmente, e as torrentes da maldade me aterraram; os laços do abismo me amarraram e a própria morte me prendeu em suas redes!
— Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e elevei o meu clamor para meu Deus; de seu Templo ele escutou a minha voz, e chegou a seus ouvidos o meu grito!



Evangelho (João 10,31-42)

Sexta-Feira, 30 de Março de 2012
5ª Semana da Quaresma


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 31os judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus. 32E ele lhes disse: “Por ordem do Pai, mostrei-vos muitas obras boas. Por qual delas me quereis apedrejar?”
33Os judeus responderam: “Não queremos te apedrejar por causa das obras boas, mas por causa de blasfêmia, porque sendo apenas um homem, tu te fazes Deus!” 34Jesus disse: “Acaso não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’?
35Ora, ninguém pode anular a Escritura: se a Lei chama deuses as pessoas às quais se dirigiu a palavra de Deus, 36por que então me acusais de blasfêmia, quando eu digo que sou Filho de Deus, eu a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo? 37Se não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim. 38Mas, se eu as faço, mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai”.
39Outra vez procuravam prender Jesus, mas ele escapou das mãos deles. 40Jesus passou para o outro lado do Jordão, e foi para o lugar onde, antes, João tinha batizado. E permaneceu ali. 41Muitos foram ter com ele, e diziam: “João não realizou nenhum sinal, mas tudo o que ele disse a respeito deste homem, é verdade”. 42E muitos, ali, acreditaram nele.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

A Igreja celebra hoje: São João Clímaco

São João Clímaco

Nasceu na Palestina em 579, dentro de uma família cristã que passou para ele muitos valores, possibilitando a ele uma ótima formação literária.

Clímaco desde cedo foi discernindo sua vocação à vida religiosa. Diante do testemunho de muitos cristãos que optavam por ir ao Monte Sinai, e ali no mosteiro viviam uma radicalidade, ele deixou os bens materiais e levou os bens espirituais para o Sinai. Ali, com outros irmãos, deixou-se orientar por pessoas com mais experiência, fazendo um caminho pessoal e comunitário de santidade.

Foi atacado diversas vezes por satanás, vivendo um verdadeiro combate espiritual.

São João Clímaco buscou corresponder ao chamado de Deus por meio de duras penitências, pouca alimentação, sacrifícios, intercessões e participação nas Santas Missas.

Perseverou até o fim da vida, partindo para a glória aos 70 anos de idade.

São João Clímaco, rogai por nós!


quinta-feira, 29 de março de 2012

Homilia diária: É feliz quem adora o Senhor e mergulha em Seus ensinamentos


Diante da incredulidade do mundo e dos desatinos que nele acontecem, dia após dia, Jesus revela a Sua verdadeira identidade: “Eu vos digo que isto é verdade: antes de Abraão nascer, eu sou” (Jo 8,58).
Ontem, assim como hoje, a maior parte dos homens não tem experiência com o amor de Deus nem observa Seus Mandamentos; como se não bastasse, alguns homens ignoram a pessoa de Jesus, procurando obter sinais e se interrogando sobre quem Ele é. Convém dizer, porém, que somente quem conhece e guarda a Palavra d’Ele pode dizer que O conhece e experimenta o Seu amor. Jesus mesmo foi quem afirmou isso aos judeus: “vós não conheceis aquele que dizeis ser o vosso Deus, mas eu o conheço e guardo a sua palavra”.
Não podemos dizer que conhecemos o Senhor se desconhecemos Sua Palavra, pois é ela que nos direciona para a vida eterna em Cristo Jesus. Quem não compreende a Palavra, quem não tem abertura para o Espírito Santo, morre na ignorância do pecado e, lamentavelmente, nunca vai conhecer Deus.
A origem e o destino de Jesus foram motivos de controvérsia para os judeus. Por um lado, o Mestre proclamava: “Se alguém guarda a minha palavra, jamais verá a morte”. Por outro lado, afirmava: “Antes que Abraão existisse, eu sou”.
Seus adversários raciocinavam de maneira aparentemente lógica. Os personagens mais veneráveis do povo, como Abraão e os profetas, morreram. Acreditava-se na volta do profeta Elias, que fora arrebatado ao céu numa carruagem de fogo. Não se tinha, porém, notícia de alguém que não tivesse experimentado a morte. Com Jesus, não haveria de ser diferente. Quanto à Sua origem, era suficiente considerar Sua idade bastante jovem para se dar conta da “falsidade” de Sua afirmação.
Esse modo de pensar estava em total desacordo com a real intenção de Jesus. Referindo-se à morte, Ele pensava em algo muito mais radical que a pura morte física. Suas Palavras abririam caminhos para a vida eterna, na comunhão plena com o Pai para além das vicissitudes dessa vida terrena.
Ao referir-se à Sua origem, não estava pensando no Seu nascimento carnal, historicamente determinável, mas na Sua vida prévia no seio do Pai. Nesse sentido, Ele pode se dizer “anterior” ao patriarca Abraão por possuir uma existência eterna.
Nesse texto, temos a conclusão do tenso e longo diálogo de Jesus com os judeus, em Jerusalém, por ocasião da Festa das Tendas. Jesus mostra-se acolhedor e reafirma o dom da vida eterna: “Se alguém cumprir a minha palavra, nunca verá a morte”. Contudo, os judeus permanecem firmes na rejeição a Cristo, tentando apedrejá-lo.
Jesus – que cumpre a Palavra do Pai – já vive a eternidade, pois “antes que Abraão existisse, eu sou”, disse Jesus àquele povo e continua dizendo o mesmo hoje. Quando essas palavras encontrarem espaço em nosso coração, significa que estamos vivendo em comunhão eterna com Jesus e com o Pai ao cumprirmos Sua Palavra, no despojamento e na partilha, na mansidão, na acolhida do irmão, na prática da misericórdia e da justiça que liberta e promove a vida.
Voltando à questão da Palavra, dizemos que o estudo das Sagradas Escrituras é o melhor caminho para conhecermos quem é Jesus, pois Ele é o Verbo, é a Palavra feito carne. Ouvi-lo é ouvir a Palavra de Deus.
Sem medo de errar, quero lhe dizer que a Bíblia é a própria Palavra do Pai dirigida a nós, a fim de que possamos conhecer o Senhor e a nós mesmos. E, assim, simultaneamente termos acesso ao Seu grande amor e misericórdia. É feliz quem adora o Senhor e mergulha em Seus ensinamentos. Você tem a Palavra de Deus como ensinamento para o seu dia a dia?
Padre Bantu Mendonça

Liturgia do dia - 29/03/2012

Primeira leitura (Gênesis 17,3-9)

Quinta-Feira, 29 de Março de 2012
5ª Semana da Quaresma


A- A+


Leitura do Livro do Gênesis.

Naqueles dias, 3Abrão prostrou-se com o rosto por terra. 4E Deus lhe disse: “Eis a minha aliança contigo: tu serás pai de uma multidão de nações. 5Já não te chamarás Abrão, mas o teu nome será Abraão, porque farei de ti o pai de uma multidão de nações.
6Farei crescer tua descendência infinitamente. Farei nascer de ti nações, e reis sairão de ti. 7Estabelecerei minha aliança entre mim e ti e teus descendentes para sempre; uma aliança eterna, para que eu seja teu Deus e o Deus de teus descendentes. 8A ti e aos teus descendentes darei a terra em que vives como estrangeiro, todo o país de Canaã como propriedade para sempre. E eu serei o Deus dos teus descendentes”.
9Deus disse a Abraão: “Guarda a minha aliança, tu e a tua descendência para sempre”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Salmo (Salmos 104,4-9)

Quinta-Feira, 29 de Março de 2012
5ª Semana da Quaresma


A- A+


— O Senhor se lembra sempre da Aliança!
— O Senhor se lembra sempre da Aliança!

— Procurai o Senhor teu Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face! Lembrai as maravilhas que ele fez, seus prodígios e as palavras de seus lábios!
— Descendentes de Abraão, seu servidor, e filhos de Jacó, seu escolhido, ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, vigoram suas leis em toda a terra.
— Ele sempre se recorda da Aliança, promulgada a incontáveis gerações; da Aliança que ele fez com Abraão, e do seu santo juramento a Isaac.



Evangelho (João 8,51-59)

Quinta-Feira, 29 de Março de 2012
5ª Semana da Quaresma


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: 51“Em verdade, em verdade eu vos digo: se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte”. 52Disseram então os judeus: “Agora sabemos que tens um demônio. Abraão morreu e os profetas também, e tu dizes: ‘Se alguém guardar a minha palavra jamais verá a morte’. 53Acaso és maior do que nosso pai Abraão, que morreu, como também os profetas? Quem pretendes ser?”
54Jesus respondeu: “Se me glorifico a mim mesmo, minha glória não vale nada. Quem me glorifica é o meu Pai, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus. 55No entanto, não o conheceis. Mas eu o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria um mentiroso, como vós! Mas eu o conheço e guardo a sua palavra. 56Vosso pai Abraão exultou, por ver o meu dia; ele o viu, e alegrou-se”. 57Os judeus disseram-lhe então: “Nem sequer cinquenta anos tens, e viste Abraão!” 58Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, antes que Abraão existisse, eu sou”. 59Então eles pegaram em pedras para apedrejar Jesus, mas ele escondeu-se e saiu do Templo.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



A Igreja celebra hoje: São Constantino

São Constantino

Rei de uma região da Inglaterra, casou-se, mas não assumiu seriamente esta aliança, tanto que deixou a esposa para se dedicar às guerras militares. Nesta aventura de poder e fama, ele – como São Paulo - 'caiu do cavalo'. Era pagão, converteu-se ao Cristianismo e assumiu seriamente o chamado à santidade.

Entrou para um mosteiro irlandês e descobriu seu chamado ao sacerdócio. Junto com outro santo, percorreu muitas regiões da Inglaterra anunciando o nome de Jesus, que tem o poder de nos dar a vitória sobre o 'homem velho'.

Constantino foi martirizado no ano de 598, atacado por pagãos duros de coração ante o Evangelho.

São Constantino, rogai por nós!


quarta-feira, 28 de março de 2012

Hoje a noite tem Programa Tamojunto!!!

Olá queridos, Paz de Cristo...

Hoje tem Programa Tamojunto pela Radio Nova FM 


Não perca, hoje às 20:00 (horário de Brasília)





Participem conosco!!!

#TAMOJUNTO

Homilia diária: À medida que servimos a Deus somos livres


O Evangelho de hoje, dentre tantas coisas, nos traz o caminho de santidade que passa pelo seguimento a Cristo, pois  esse  é, na realidade, um caminho na liberdade e na verdade.
De fato, Jesus diz: “Se permanecerdes fiéis à minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade libertar-vos-á” (João 8,31-32).
Propor a santidade de vida nada mais é do que oferecer o caminho da verdade e da liberdade. À luz da fé, ser  santo é viver a verdade total, não limitada às realidades materiais ou apenas à vida terrena. Com efeito, o santo tem em consideração tanto os bens materiais como os espirituais; ele considera tanto a realidade terrena como a sobrenatural, contempla a própria vida não apenas na perspectiva temporal, mas também eterna. Por outras palavras, o santo vive na verdade, considerando todos os aspectos da própria existência.
O aspecto mais importante é que quem deseja a santidade se abre para Deus, o bem supremo e fonte verdadeira. Jesus disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6). Depois da Sua Morte e Ressurreição, o Senhor prometeu que nos enviaria o Espírito Santo como “o Espírito da Verdade” (Jo 16,13), que nos “guiaria à verdade total” (Jo 16,13).
Diante de Pilatos, Jesus disse: “Foi por isso que nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade” (Jo 18,37). Seguindo radicalmente a Cristo, caminhamos na verdade total.
A santidade de vida e a abertura à graça nos ajudam, na realidade, a compreender mais profundamente as verdades de Deus. São Paulo  escreve: “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus; para ele são loucura, e não é capaz de as compreender” (1Cor 2,14). Ou ainda: “Todo aquele que peca não viu Deus nem o conheceu” (1Jo 3,6).
Não alcançamos a contemplação plena do rosto do Senhor unicamente com as nossas forças, mas deixando-nos guiar pela Sua graça. Só a experiência do silêncio e da oração oferecem o horizonte adequado, nos quais pode maturar e desenvolver-se o conhecimento mais verdadeiro, aderente e coerente ao mistério de Deus. Por este motivo, com frequência nos surpreende a compreensão perspicaz da verdade de Deus que os santos demonstram, mesmo os que não fizeram muitos estudos.
No Evangelho, Jesus fala da liberdade verdadeira, espiritual. Na realidade, o olhar sobre todos os aspectos da nossa existência, ajuda-nos a encontrar uma justa escala de valores. Auxilia-nos, por conseguinte, a não nos tornarmos ou a permanecermos escravos dos bens materiais e das nossas concupiscências, dos vícios, do pecado, mas nos estimula e nos torna capazes de desejar os valores mais importantes, indestrutíveis, perenes.
Jesus, no Evangelho de hoje, responde aos judeus de maneira clara: “Em verdade, em verdade vos digo: aquele que cometer pecado é escravo do pecado”. Vem à nossa mente tantos jovens que hoje são escravos da droga, do sexo, do prazer, do dinheiro, do orgulho, da preguiça, da inveja, etc. Não são livres para desejar valores maiores.
Contudo, quem de nós não experimentou – e não experimenta em maior ou menor medida – a escravidão de vários vícios e debilidades? Santo Agostinho, que depois de uma vida tão libertina teve que se esforçar bastante para encontrar esta liberdade espiritual, isto é, para partir as correntes dos seus maus hábitos e da paixão carnal, depois escreveu com convicção: “Ouso dizer que na medida em que servimos a Deus somos livres, enquanto que na medida em que servimos a lei do pecado somos escravos”.
Santo Agostinho também tinha a consciência de que a liberdade espiritual não se alcança plenamente com as próprias forças, mas unicamente através da graça, da ajuda do Senhor. Contudo, Jesus afirma isto de maneira clara no Evangelho que ouvimos: “Por conseguinte, se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres”.
O caminho da santidade é um caminho para a liberdade espiritual, que pode manifestar-se “até em condições de constrição exterior” como nos ensina o papa João Paulo II, na Carta Encíclica “Redemptor Hominis”, 12.
A condição da sua autenticidade é “a exigência de uma relação honesta em relação à verdade [...] a toda a verdade acerca do homem e do mundo”, continua Sua Santidade. Assim, voltam à nossa mente as palavras de Jesus no Evangelho de hoje: “a verdade libertar-vos-á”.
Peçamos ao Senhor que nos ajude, a saber aceitarmos seriamente o convite à santidade nas nossas condições de vida cotidiana, que não é mais que um convite a caminhar na verdade total e na liberdade autêntica.
Padre Bantu Mendonça