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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Igreja Católica alivia o sofrimento de milhares de refugiados sírios


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Imagine se você, com toda a sua família – ou que restou dela – fosse obrigado aabandonar a sua casa para fugir da guerra. E então, cheio de traumas e memórias de violências terríveis, você chega num acampamento em um país estrangeiro, onde tem que dividir um espaço mínimo com muitas outras pessoas, com condições precárias de higiene, privacidade zero e pouca comida. Pra piorar, você não faz a menor ideia de quando poderá restornar ao seu país e viver de novo em paz e com dignidade.
Essa é a condição de milhares de sírios em campos de refugiados da Jordânia. Mas há um fio de beleza e de amor no meio da tragédia: dentre os cerca de 250 mil refugiados sírios no país, mais de 50 mil estão sendo diretamente atendidos pela Caritas da Jordânia, por meio de 120 empregados e 1.000 voluntários.
Mais uma vez, os católicos se movem para aliviar o sofrimento dos irmãos. A Caritas Internacional reúne mais de 160 instituições humanitárias da Igreja Católica, com a missão de ajudar os mais pobres e necessitados. Desde novembro de 2011, na Jordânia, os refugiados sírios – grande parte deles, muçulmanos – recebem dos voluntários galões de água, roupas de cama e kits de higiene e mochilas com kits escolares para as crianças, além de muito apoio emocional. As famílias também contam com assistência médica e remédios.
A Caritas também distribui vales-alimentação para 1.000 famílias sírias que estão em maiores dificuldades. O plano é expandir esta assistência. Há também um programa de promoção de educação e integração social, que está permitindo que 350 crianças sírias deem continuidade aos seus estudos. Uma equipe de doze professores e oito animadores oferece a elas três horas de aulas por dia, três vezes por semana.
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Dr. Kolanjian examina uma criança refugiada no Vale do Bekaa, Libano
No Líbano, outro destino dos refugiados sírios, a Caritas também atua, ajudando mais de 5 mil famílias. Lá, desde maio de 2012, uma clínica móvel fornece aos refugiados assistência médica a cada quinze dias. O Dr. Simon Kolanjian, pediatra voluntário, acolhe cada paciente com um sorriso, e diz porque considera isso importante: “Sei que eles chegam aqui assustados e perturbados. Eu quero que eles se sintam seguros com a nossa equipe. Afinal de contas, estamos aqui para eles “.
Atendendo, em média, 30 crianças por dia, Dr. Kolanjian administra vitaminas para as que sofrem de desnutrição: “Nós vemos casos graves de desnutrição, essas crianças não estão recebendo nutrientes suficientes. Eles comem sujeira quando sentem fome. A água da torneira que eles bebem é extremamente insalubre; casos como gastroenterite são comuns. Proliferam bactérias em seus estômagos, e isso requer medicação urgente”.
Dr. Kolanjian revela o que motiva o seu trabalho: “Eu gosto de ajudar qualquer pessoa, não importa que religião elas são. Devemos ajudar o máximo que pudermos. Cada pessoa que faz o bem, esse bem será lembrado. Isso é o que permanecerá depois que morremos”.
“Eu continuo a acompanhar com grande atenção a situação dos conflitos violentos na Síria, onde a luta não cessou, e a cada dia aumenta o número de vítimas, juntamente com o sofrimento dos civis, especialmente aqueles que foram forçados a abandonar suas casas”.
Papa Bento XVI
Com essas palavras, durante a audiência geral do dia 7 de novembro, o nosso papa mais uma vez mostrou ser solidário ao povo sírio. Ele delegou o Cardeal Robert Sarah para presidir a reunião de coordenação dos esforços de todas as organizações de caridade católica que atuam junto aos refugiados.
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Agentes da Caritas organizam os cobertores que aliviarão o frio dos refugiados sírios
As equipes da Caritas estão correndo contra o relógio: como o inverno se aproxima, as condições de vida podem ficar ainda piores. Najla Chahda, diretora da Caritas Migrantes Centro, revela a sua apreensão: “As temperaturas no Vale do Bekaa à noite são em torno de 8 graus Celsius. Nas próximas semanas, eles vão cair abaixo de zero, muitas barracas não estão equipadas para lidar com a chuva de inverno e as pessoas vão ficar com muito frio”.
Aos receberem os refugidos nos centros de atendimento da Caritas, os voluntários ouvem atentamente os relatos das necessidades e as histórias de cada um. São histórias sempre dramáticas, como a de Jadaa Challal, uma mãe de 80 anos de idade refugiada no Líbano, que teve a sua casa incendiada e perdeu dois filhos vítimas do conflito na Síria. Hoje, ela vive com sua filha em uma tenda de 20 metros quadrados, que divide com outras duas famílias. Mas o desespero não é a última palavra sobre ela, e sim a esperança:
A Caritas nos deu esperança. Quando o medo havia nos superado, eles nos receberam e nos mostraram que há vida pela frente”.
Jadaa Challal, refugiada síria
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Voluntária da Caritas brinca com as crianças no campo de Damhamieh (Vale do Bekaa)
O Cardeal Robert Sarah (de faixa vermelha) visita um campo de refugiados sírios no Líbano
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Salem, um garoto refugiado de 11 anos, mostrou neste desenho uma das cenas que presenciou antes de sua família deixar o Líbano.
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Uma menina jordaniana recebe tratamento dentário em uma clínica da Cáritas em Zarqa (Jordânia). Apesar de ser aberta a todos, a clínica é especialmente frequentada por refugiados iraquianos e sírios.
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Refugiados sírios são acolhidos com atenção e registrados no centro da Caritas em Mafrak
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"Banheiro" usado pelos refugiados no campo de Damhamieh.
Nota: Com exceção da primeira imagem no topo do post, todas as fotos aqui apresentadas são propriedade da Caritas Internacional.
Fontes:
FONTE: http://ocatequista.com.br/?p=7655

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