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sábado, 11 de agosto de 2012

Homilia diária: Como eu vivo a minha fé?



Hoje a liturgia celebra a memória de Santa Clara de Assis, que admirada com ideal de pobreza e vivência doEvangelho seguiu Francisco e fundou as Clarissas, ramo feminino dos Franciscanos. Quando a Igreja celebraa memória de um santo ela quer celebrar, na verdade, a Páscoa de Jesus na vida daquela pessoa, que demaneira heróica em sua vida viveu a intimidade com Deus, o serviço aos irmãos e buscou se assemelhar aCristo, o Salvador. Com isso, se torna modelo e intercessora para nós na pátria celeste.
O Evangelho de hoje nos apresenta um drama familiar: um pai que recorre a Jesus para sanar, libertar o malque afligia o seu filho. Sua prece? Kyrie eleison!”, que quer dizer: Senhor tende piedade deste meu filhoe põe fim a essa situação desoladora.
Fica clara nesta passagem que o milagre não aconteceu por falta de  dos discípulos de Jesus. Milagre é ajunção da nossa  e atitude com a graça e o amor de Deus, que faz acontecer o milagre. O Senhor disse,certa vez aos Seus discípulos, que se eles tivessem  do tamanho de um grão de mostarda eles fariamgrandes coisas – até mover montanhas! Em verdade vos digo, se vós tiverdes  do tamanho de umasemente de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para ’ e ela irá. E nada vos será impossível” (cf.Mt 17,20).
Aqui não se trata somente de “pouca”  no sentido de quantidade, de força, mas da qualidade da fé. Uma autêntica, pura, verdadeira n’Aquele que poderia libertar e curar aquele jovem.
Na Palavra de Deus diz que até o demônio tem  e treme diante de Deus, mas não é uma  que professa,que declara o Senhorio de Jesus, que determina minha vida, atitudes, escolhas. Por isso, não encontrandofirmeza na  dos discípulos, o mal não abandonou aquele rapaz. Muitas vezes ainda temos uma supersticiosa ou uma  “mágica”, que acha que basta pedir e esperar como um passe de mágica,automático, que sempre está ao nosso dispor.
Pior ainda quando acendemos uma vela para Deus e outra para o diabo, desculpe falar assim, uma dividida. Vai à Santa Missa mas, depois,  uma “passadinha” no centro espírita, na benzedeira ou no “pai desanto. Muitos de nós, cristãos, não acreditamos que o Demônio exista. Mas para nós, católicos, pelaRevelação na Palavra de Deus, pela Tradição e pelo Magistério da Igreja é fato que existe o Demônio, o Diabo,o inimigo de Deus e dos homens. Vejamos o que diz o Catecismo da Igreja Católica:
§ 392 A Escritura fala de um pecado desses anjos. Esta “queda” consiste na opção livre desses espíritoscriados, que rejeitaram radical e irrevogavelmente a Deus e seu Reino. Temos um reflexo desta rebelião naspalavras do Tentador ditas a nossos primeiros pais: “E vós sereis como deuses” (Gn 3,5). O Diabo é “pecadordesde o princípio” (1Jo 3,8), “pai da mentira” (Jo 8,44).
§ 414 Satanás ou o Diabo, bem como os demais demônios, são anjos decaídos por terem se recusado livrementea servir a Deus a seu desígnio. Sua opção contra Deus é definitiva. Eles tentam associar o homem à sua revoltacontra Deus.
Contudo, o Evangelho fala do poder da fé verdadeira e autêntica para a qual nada é impossível. Nem o podere a influência do mal. Em primeiro lugar, fé é um dom de Deus. E, em segundo lugar, abertura e adesão dohomem a Deus: A  é um dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele. Para que se presteesta fé, exigem-se a graça prévia adjuvante de Deus e os auxílios internos do Espírito Santo, que move ocoração e o converte a Deus, abre os olhos da mente e  a todos suavidade no consentir e crer naverdade (cf. Gl 1,15-16; Mt 11,25). Catecismo da Igreja Católica, 153.
Portanto, a  é dom e tarefa. Precisamos nos abrir a graça de Deus e, crendo, fazer acontecer a nossa fé.Caminhar, crescer no exercício da fé através da vida de oração e intimidade com o Senhor e doconhecimento da Palavra de Deus e depositá-la no “banco” que a faz render que é a caridade e o serviço.
Diga-me como anda o seu relacionamento com Deus – e com os irmãos – e eu lhe direi como é a sua fé.
padre Luizinho
Padre Luizinho – Comunidade Canção Nova

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