A proliferação desse tipo de coisa na nossa Igreja só pode ter sido uma forma que o capeta arrumou de afastar do Corpo de Cristo todos aqueles que têm mais de dois neurônios ativos.
Eu já fiz papel de imbecil um dia, confesso. Era um dia chuvoso e sombrio, quando fui obrigada a andar de olhos vendados, para entender o que é um “cego que guia outro cego”; sujei-me de carvão pra mostrar meu comprometimento com os pobres; e fiz bolhas de sabão com um canudinho para perceber como se dá a ação do Espírito Santo na história (oi?).
Não, essa não é a descrição de uma sessão de tortura, mas de um workshop de dinâmicas de grupo para católicos. Em respeito ao bispo que organizou o evento, me esforcei para colaborar com a palhaçada. Se fosse hoje, teria beijado devotamente o anel do homi, pedido a bênção e dado tchau.
Se você é adepto ferrenho de dinâmicas, pare um pouco e dê uma olhada ao redor: o mundo tá em ebulição, 90% das notícias dos jornais relatam desgraças, a Igreja é combatida pela massa dos intelectuais e políticos, os valores cristãos são ridicularizados pela mídia, os católicos parecem cada vez mais alienados de sua fé… Como as dinâmicas respondem as estas questões? Será que elas conseguem ter o mesmo impacto que toda essa cultura anticatólica que nos cerca?
Repense. Se for o caso, mude. O problema não é usar dinâmicas, mas elas precisam ir direto ao ponto. De nada adianta virar para a pessoa ao lado e dizer “Jesus te ama” se não se consegue dizer ao certo quem é Jesus ou como o amor dEle vence toda a cultura de morte em que vivemos.
E aí? Você vai mesmo continuar fazendo dinâmica com bolinha de sabão e canudinho?
Tem católico que acha que acha que essa é uma boa forma de entender a ação do Espírito Santo. Aham, senta lá, sem noção!
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