Entra ano, sai ano, e nada muda nas comunidades da Igreja: meninos e meninas, homens e mulheres, ao arrumar um namorado(a), simplesmente somem. A sua presença vai rareando, rareando, até que a vítima do Cupido evapora de vez, especialmente quando o xodó não partilha da sua fé.
Acho que o Pai já nem se surpreende mais. Afinal, esse problema ocorre não é de hoje. O Antigo Testamento traz relatos semelhantes, ocorridos há milênios.
Salomão é um dos personagens mais falados da Bíblia, célebre pelas duas coisas que tinha em abundância: dim-dim e sabedoria. Sendo um homem cheio de lábia e $impatia, sacomé… fazia mais sucesso com a mulherada do que o Brad Pitt antes de arrumar 12 filhos. Teve 700 esposas e 300 concubinas.
O problema é que boa parte desse harém não era composto por israelitas, mas por estrangeiras. E aí, entre um cafuné e outro, as mulheres acabaram convencendo-o a cultuar outras divindades. Para agradá-las ele não poupou recursos: construiu diversos templos, para que “as mina” pudessem prestar culto aos seus deuses.
Antes de trair a sua fé, o rei gozava de grande paz, pois o Senhor o favorecia. A partir de então, profundamente decepcionado e ofendido, o Deus de Israel permitiu que Salomão fosse acossado por seus inimigos, que lhe deram muita dor de cabeça. Em consideração ao seu pai, Davi, o Senhor não tirou de Salomão do trono de Israel; mas, após a sua morte, diminuiu drasticamente o poder de seu filho, Roboão, que passou a reinar somente sobre duas tribos, em vez de doze (I Reis 11).
Essa história é extremamente didática para nós. A sabedoria excepcional de Salomão de nada lhe valeu diante do encanto de suas mulheres idólatras, que o arrastaram para o nada. Da mesma forma, muitos são os católicos que trocam o Senhor pelas doces bitocas da(o) namoradinha(a).
Em geral, o que ocorre é o seguinte: a outra metade da laranja começa a implicar porque o namorado(a) vive na igreja e não lhe dá a atenção suficiente. E o(a) católico(a), por sua vez, cede às chantagens, convive cada vez menos com seus irmãos na fé e renuncia a se dedicar às coisas de Deus.
E, convenhamos, é raríssimo encontrar alguém fora da Igreja que esteja disposto a viver um namoro casto. Diante deste quadro, muitos católicos cedem à pressão do mundo, talvez por medo de ficar sozinhos, e acabam virando as costas para os mandamentos do Senhor. E assim, tal como Salomão, desprezam os dons e os ensinamentos do Pai e se deixam corromper pela pessoa a quem estão apegados. Já não são mais inteiramente de Deus: seu coração cedeu lugar à idolatria.
Falando sobre o amor ao dinheiro, Jesus advertiu aos seus discípulos:
Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza. (Mt 6:24)
Podemos aplicar a mesma sentença à relação afetiva entre homens e mulheres. Não se iluda! Não podemos ao mesmo tempo servir a Deus e agradar ao namoradinho(a) sem fé.
Quem você quer que seja o Senhor da sua vida? Quem pode te dar a felicidade? Em quem você coloca sua esperança de realização? Quem pode encher a sua vida de sentido?
A resposta a essas questões será decisiva para o rumo da sua vida. Agora e na eternidade.
Pense bem: se quem você namora te ama verdadeiramente, será capaz de respeitar a sua identidade e não te afastará do seu Deus!
(Matéria retirada de http://ocatequista.com.br/?p=2445)
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